Vereadores participam de audiência pública sobre construção de um novo Colégio Militar em Anápolis
A propositura partiu do Deputado Estadual Carlos Antônio (PSC) e contou com a presença dos vereadores Luiz Lacerda (PT), presidente da Casa, Vespa (PSC), Amilton Filhos (PSC), Gleimo Martins (PTN), Pastor Wilmar Silvestre (PT), Mauro Severiano (PDT), Professora Geli Sanches (PT), Pedro Mariano(PP), Paulo de Lima(PDT), Sargento Alberto (PTN), Jerry Cabeleireiro (PSC), Lisieux José Borges (PT),Sargento Pereira (PSL), Eber Mamede (PT) e Jean Carlos (PTB).
Também participaram da reunião os membros do Colégio da Polícia Militar de Goiás Cezar Toledo, a Subsecretária Estadual de Educaçao, Gabriela Souza, o Coronel Raimundo Nonato, Superintendente da Academia Estadual de Segurança Pública, e alunos e representantes do Colégio Estadual Polivalente Gabriel Issa.
De acordo com a Secretária Gabriela Souza, existe a possibilidade de a nova sede ser instalada onde hoje atualmente é o Colégio Gabriel Issa. Os participantes da reunião, assim como o público presente, estavam divididos sobre transformar o Colegio Gabriel Issa em colégio militar.
Para o vereador Carlos Alberto, essa oportunidade de implantar um novo colégio militar na cidade agraciaria mais alunos da comunidade. “Eu me coloco a disposição nesta luta. A polícia militar será um somatório nessa tarefa. Eu, como militar e agora vereador, acredito nos benefícios do Colégio”.
Paulo de Lima acredita na urgência da implantação de uma nova unidade. “O importante é termos o segundo colégio. O local pouco importa. Mas é necessário que venha prontamente uma nova unidade para Anapolis”, disse.
O vereador Vespa disse que tem um filho que estuda no Cezar Toledo, portanto conhece bem o regimento da escola. “Sei da qualidade de ensino e acho que precisamos não somente de uma nova unidade, mas de várias”, acredita.
O pastor vereador Wilmar Silvestre afirmou a favor da segunda unidade, mas questinou sobre a situação dos alunos e professores. “Quantos alunos ainda ficarão na fila? E os professores, serão mantidos? Terao as mesmas gratificações que um militar tem”? Questionou. “Sou a favor da segunda escola, mas creio que transformar uma escola em funcionamento em uma unidade militar não seja a melhor solução”, completou.
Sargento Pereira afirmou que concorda com o pastor Wilmar. “Se para ter qualidade no ensino público precisa ter um colégio militar daqui a pouco só haverá colégios militares. Segurança e disciplina tem que estar presentes em todas as escolas. Temos que lutar por isso”, afirmou.
Para a Professora Geli Sanches, a diferença do Colégio Militar está na autonomia que possui. “As outras escolas não tem a autonomia que essa escola tem, portanto, quero ressaltar o trabalho dos meus colegas de trabalho, pois em Anápolis há muitas escolas de qualidade e com estrutura física muito boa”, destacou.
Já Amilton Filho acredita que ser adaptado um colégio já em funcionamento, pois o Estado não tem condições de construir uma nova sede. “Apoio a situação dos moradores que defendem a implantação do Colégio, mas respeito a opinião das pessoas que são contra essa instalação. Assim como respeito o direito das pessoas expressarem suas opiniões, pois exercem a democracia”, declarou.
O vereador Mauro Severiano não concorda com em transformar o Colégio Gabriel Issa em escola militar. “Precisamos de mais escolas. Por que não constroem uma nova unidade”? Indagou.
O deputado Carlos Antônio lembrou que a audiência não está questionando sobre a qualidade de ensino do colégio Gabriel Issa. “Há muitas escolas com ensino de qualidade no Estado. Mas, se for necessário construir uma nova sede para haver uma segunda unidade do Colégio Militar, não será possível ainda nesse mandato. Não há recursos e o tempo é curto. Temos mais de dois mil alunos esperando uma vaga para estudar nesta escola, e a cidade tem estrutura e demanda para essa nova unidade”, revelou.
A diretora do colégio Gabriel Issa, Maria José Lopes, disse que não é contra o colégio militar, e sim contra a exclusão dos alunos. “A maioria dos nossos alunos não tem condições de manter no Colégio Militar, pois teriam que pagar uma taxa mensal, comprar livros e uniforme. Hoje minha escola atende 17 bairros. Sei que o anseio da escola militar é também da comunidade, mas acredito que estão elitizando com essa implantação. Nossa escola é inclusiva. Precisamos mesmo é de cursos profissionalizantes”, contou.
Depois de ouvir a opinião dos presentes, as autoridades decidiram criar uma Comissão Especial na Câmara Municipal para decidir os rumos sobre a implantação da nova unidade de um Colégio Militar.