Vereadores debatem transferência de plantão da Celg

por cma — publicado 20/03/2012 00h00, última modificação 14/06/2016 11h30
João Feitosa, Domingos Paula e Luiz Lacerda defendem a permanência do plantão na cidade Os vereadores João Feitosa (PP), Domingos Paula (PTB) e Luiz Lacerda (PT) participaram de audiência pública, realizada na noite de segunda-feira (19/03), no plenário da Câmara Municipal, que debateu um possível fechamento em Anápolis do Centro de Operação e Distribuição da Celg. A iniciativa do encontro foi da Assembleia Legislativa, através do deputado estadual Carlos Antonio (PSC).
Vereadores debatem transferência de plantão da Celg

Vereadores debatem transferência de plantão da Celg

Carlos Antonio disse não acreditar que o fechamento do plantão da Celg possa reduzir custos para a estatal, mas em contrapartida representaria um grande prejuízo à população anapolina, que passaria a ligar para Capital em caso de urgência ou emergência. “Nós temos um problema de trânsito e de emergência de atendimento. Não vejo essa mudança tecnicamente possível. O atendimento da Celg na cidade pode não ser o melhor, mas nos sentimos seguros”.

O deputado comentou ainda que governador Marconi Perillo tem que ter os olhos voltados para a cidade, pois aqui teve 75% dos votos. O deputado pediu à diretoria da Celg que leve em consideração a manifestação popular e de autoridades da cidade, e disse que acredita que questões técnicas precisam ser levadas em conta, mas não prevalecendo em detrimento da sociedade. “Os anapolinos vibram por conquistas e lamentam por perdas”, completou.

Para o vereador Domingos Paula, este é um debate importante para a população, pois sequer passa pela cabeça das pessoas a retirada do plantão da Celg da cidade. “Anápolis tem potencial para chegar ao maior PIB do Estado em 2025. Caso removam esse escritório, a população irá reivindicar junto ao governador, que teve uma grande expressão de votos aqui. A comunidade e também esta Casa estarão lutando juntos por essa causa”.

Domingos fez uma analogia para defender a causa. “Nós temos em alguns Estados do Brasil o horário de verão, mas para o bolso do consumidor não vemos economia nenhuma. Nossa preocupação é que a transferência para Goiânia seja como o horário de verão, que foi criado para haver economia de energia, mas a população não sente isso no bolso. Só espero que a população seja realmente a maior beneficiada com a decisão”, disse o petebista.

Já Luiz Lacerda acredita que nenhuma empresa que presta serviço público irá tentar prejudicar a população. “Nosso cidadão já vê deficiências com o plantão aqui na cidade. Em primeiro momento, fica difícil acreditar que a retirada deste escritório irá melhorar o serviço e não dará prejuízo para a cidade. Tanto a classe política, a imprensa e a população estão apreensivas com essa possibilidade” afirmou o petista.

João Feitosa (PP), vereador e servidor da Celg há 26 anos, contou que as pessoas estão procurando o seu gabinete preocupadas com a possível transferência. “Estamos tentando amenizar essa apreensão da população, mas gostaríamos de saber o que irá de fato acontecer com a cidade. Acredito que será feito o melhor possível para o desenvolvimento municipal. Desejo que tudo ocorra bem, pois estou aflito com a situação do povo. Espero que não haja prejuízo para a comunidade anapolina”, discursou o pepista. 
De acordo com o diretor técnico da Celg, Humberto Eustáquio Tavares Correa, existem hoje sete centros de distribuição no Estado. “Um dos maiores custos operacionais da Celg diz respeito a esses escritórios”. Segundo ele, com o objetivo de reduzir custos o serviço de plantão será centralizado em Goiânia. Humberto afirmou que não haverá demissões ou transferência de servidores de suas cidades de origem. “Essa mudança não afetaria em nada os benefícios para os moradores da cidade”, garantiu.

O diretor técnico acrescentou ainda que a Celg jamais deixou de fazer os investimentos destinados a Anápolis. “Apesar de todas as dificuldades que a companhia tem passado, a empresa tem respeitado a cidade. Sei que muitas pessoas não tem acesso ao telefone devido à pobreza do País, mas todos os atendimentos são feitos a partir de um 0800 [gratuito], que liga para um centro de operação, que repassa para outro. Esse caminho será reduzido, pois passará para apenas uma central; e essa centralização não irá fazer com que o serviço piore”. Humberto Eustáquio completou: “A Celg não está retirando o plantão de Anápolis, mas sim centralizando o sistema de operação. Não é uma perda para a população, mas sim uma evolução tecnológica para o Estado”.

 

 

 

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