Vereadores debatem proposta de mudança provisória da Câmara para imóvel alugado
Vereadores debateram no plenário, na sessão desta quarta-feira (7/12), a proposta de a estrutura da Câmara Municipal se mudar provisoriamente para um imóvel alugado, até que a construção da nova sede seja concluída. Entre as opiniões a favor e contra, o presidente Lisieux José Borges (PT) prestou esclarecimentos do que tem sido organizado pela Mesa Diretora.
O primeiro a falar sobre o assunto foi o vereador Gleimo Martins (PTN), que questionou a mudança. “Se [o prédio] não está interditado, por que alugar outro?”, questionou.
O vereador Wederson Lopes (PSC) afirmou que essa mudança deveria ser feita pela próxima presidência. “Vamos deixar uma conta para a nova Mesa Diretora?”, argumentou, respondendo que não acha isso conveniente.
Wederson, que é primeiro secretário da atual Mesa Diretora, frisou que concorda com a mudança de prédio, devido às más condições do atual, sobretudo porque a retomada da obra da nova sede vai demorar, pois terá que ser feita uma nova licitação, mas ele não se sente confortável em deixar essa conta para a próxima legislatura.
O vereador Jakson Charles (PSB) disse concordar com a mudança de imóvel ainda em dezembro, devido à demora em levar a estrutura para outro local. “Uma mudança dessa leva três meses. Essa Mesa Diretora precisa oferecer melhores condições para a próxima legislatura”, ressaltou Jakson, que classificou a atual instalação da Câmara de insalubre.
Jakson lembrou que nem a posse dos novos legisladores poderá ser feita no atual plenário. “Acho, inclusive, que o processo de mudança deveria ser bem mais ágil, pois a necessidade é visível”, comentou o vereador.
O vereador Mauro Severiano (PSDB) discursou na tribuna para apoiar o posicionamento de Wederson Lopes. “Não vem jogar esse abacaxi para o próximo presidente”, argumentou. Mauro também criticou a economia que o Legislativo tem feito desde a presidência de Sírio Miguel (2009-2010), para a construção da nova sede. “A Câmara não constrói prédio. É o Executivo que faz isso”.
Resposta
O presidente Lisieux Borges respondeu aos argumentos dos vereadores. Disse que a mudança não é uma ideia nova, pois surgiu ainda no mandato de Luiz Lacerda na presidência (2013-2014), mas optou-se por uma economia nesses quatro anos. “Mas chegamos a uma situação vexaminosa, desagradável. Não podemos nem receber pessoas para uma sessão que atrai a atenção popular”.
Segundo o presidente, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) respondeu a uma consulta da Câmara sobre a mudança dizendo que isso já deveria ter feito antes.
Sobre o recurso economizado para a obra, o presidente disse que atualmente o Executivo tem pelo menos R$ 3,5 milhões em caixa, que ficarão guardados até a conclusão da nova licitação. Lisieux anunciou que mais recursos serão devolvidos nesse ano, fruto de economia do Legislativo.
O ex-presidente Lacerda também fez uma defesa da mudança. Segundo ele, no início de 2014 ele foi procurado pela empresa que estava construindo a obra, informando sobre a derrubada de parte do plenário, solicitando a mudança por completo. “Mas como nos disseram que a parte nova ficaria pronta em outubro, optamos por nos sacrificar e permanecer aqui”, explicou.
O vereador disse que a promessa da empreiteira acabou não se cumprindo, e “lá se vão três anos”. “Já está impossível permanecer aqui. E falo não pelos vereadores, mas pela população, que não pode nos visitar aqui. Uma pessoa com deficiência não tem acesso ao plenário, devido à escada”. Lacerda voltou a dizer que enquanto a estrutura permaneceu no local atual, foi garantida uma economia aos cofres públicos.
A seguir, algumas fotos mostram as atuais instalações da Câmara Municipal de Anápolis:
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