Vereadores debatem com a população as demandas do transporte coletivo em Anápolis

por marcos — publicado 25/04/2017 17h04, última modificação 25/04/2017 17h04
Vereadores debatem com a população as demandas do transporte coletivo em Anápolis

Vereadores debatem com a população as demandas do transporte coletivo em Anápolis

Uma audiência pública realizada nesta terça-feira (25.abr), na Câmara Municipal, reuniu diversas entidades e autoridades – e a população de um modo geral – para debater o transporte coletivo em Anápolis. Por duas horas, todos os interessados no tema puderam falar e expor as demandas do setor, ouvindo as respostas da empresa concessionária do serviço, a Urban, e do órgão regulador e fiscalizador, a Companhia Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT).

O presidente da Comissão de Urbanismo, Transporte, Obras, Serviços e Meio Ambiente, vereador Domingos Paula (PV), autor da propositura para a audiência pública, ressaltou que a ideia foi justamente chamar a população para debater o serviço oferecido pela empresa de ônibus, elencando demandas cujas soluções serão cobradas pela Câmara daqui para frente.

Domingos admitiu que um dos temas levantados na audiência, uma possível revisão do contrato entre a Urban e a Prefeitura de Anápolis, poderá seguir adiante. “Já foi detectado que está havendo atraso [de ônibus] e que alguns pontos do contrato são falhos. A Câmara fez seu papel através da Comissão de Urbanismo e Transporte, realizou esse primeiro debate, mas muitos outros virão”, frisou o vereador do PV.

O diretor-geral da CMTT, Carlos César Toledo, também considerou positiva a audiência pública, que segundo ele é o primeiro passo para que as autoridades possam se debruçar sobre diversos temas de interesse popular. “Estamos atuando de maneira técnica para exatamente poder responder a sociedade, pois a intenção é a melhora do transporte coletivo em Anápolis”.

E para que haja avanços, Carlos Toledo ressaltou que é importante o cumprimento das regras impostas à concessionária do serviço, mas sem radicalismo de nenhum dos lados. “É preciso equilíbrio, não adianta esticar a corda, pois todos perdem com isso. Temos condições de chegar num bom termo”, comentou o diretor-geral da CMTT.

O diretor Jurídico da Urban, Carlos Leão, também considerou a audiência pública positiva, pois de acordo com ele, ao ouvir os anseios da população, é possível melhorar a prestação do serviço de acordo com o que estabelece o contrato firmado entre o poder público e a concessionária do transporte coletivo.

“É muito válida essa audiência e temos que ouvir a população para que cheguemos a um bom termo, que entreguemos uma boa prestação de serviço à população”, disse Leão, frisando que esse entendimento segue um contrato que regulamenta o setor, “que foi objeto de licitação, aprovada pelo TCM e pelo Judiciário, e de uma outorga onerosa que foi integralmente paga pela empresa”.

Lojistas
As principais manifestações na audiência pública foram dos comerciantes do Terminal Urbano. Cumprindo uma exigência do contrato, desde o final do ano passado a administração do espaço, que fica ao lado da Praça Americano do Brasil, passou da Prefeitura de Anápolis para a Urban. A empresa, então, informou que irá cobrar taxa de condomínio dos lojistas, mas os valores não agradaram a maioria.

“Trouxemos ao Legislativo as dificuldades que estamos passando. De um lado sabemos que tem a Urban, que quer nos cobrar um valor que consideramos abusivo, e por outro lado observamos a manifestação dos vereadores nos dando um apoio irrestrito”, afirmou o presidente da Associação dos Lojistas do Terminal Urbano, Lourival Batista.

Batista disse que não há negativa dos comerciantes em contribuir para que os custos de manutenção do Terminal Urbano sejam bancados, mas é preciso observar alguns critérios que, segundo ele, seriam mais justos. “Estamos ocupando quantos metros quadrados e quantos metros quadrados a Urban ocupa?”, questionou. Para ele, é preciso que a empresa atue com “equidade e bom senso para um rateio justo”. “Assim, não temos problema algum de assumir nossa parte”, completou.

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