Vereador Pastor Elias alerta para possibilidade de fechamento dos Colégios da Polícia Militar
O vereador Pastor Elias Ferreira (PSD), falou na tribuna do plenário, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (6.mai), que está preocupado com o fechamento dos Colégios da Polícia Militar em Anápolis e em Goiás.
O vereador do PSD disse que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), enviou um projeto para Assembleia Legislativa que atingirá “em cheio os bombeiros e os policiais militares”. Pastor Elias disse que a proposta de Caiado “reduziu pela metade a remuneração dos Policiais Militares da Reserva Remunerada convocados para atuar nos Colégios da Polícia Militar”.
O vereador lamentou que na Assembleia o projeto sofreu vetos que reduziu ainda mais as remunerações adicionais que faziam parte do contrato de trabalho, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, hora extra remunerada dos militares, dentre outros tópicos prejudiciais para categoria. Para o parlamentar “a ação fará com que os militares da reserva convocados para dirigir os colégios militares desistam do trabalho educacional”.
“Peço aos deputados de Anápolis, Gomide, coronel Adailton e o Amilton Filho que trabalhem para que essa proposta não seja sancionada. Os Colégios militares de Anápolis contam com apoio dos militares da reserva. Sem o suporte financeiro justo, eles provavelmente vão abandonar os postos e voltar para reserva. E a PM da ativa não tem homens suficientes para as ruas e para as escolas”, alertou.
O vereador ressaltou ainda que os Colégios da Polícia Militar em Anápolis são referências no ensino público estadual e nacional. “Os colégios não vão funcionar com a aprovação desse projeto. Não é possível tirar policiais das ruas para colocar nas escolas. Vou oficializar o pedido que estou fazendo agora na tribuna e enviar para os deputados representantes de Anápolis”, reforçou.
O projeto apresentado por Caiado, de acordo com Pastor Elias, vai na contramão de uma proposta aprovada pelo Senado Federal. O vereador mostrou que o Senado aprovou a PLP 039/2020 que proíbe os reajustes salariais e novas contratações até o fim de 2021. A PLP faz parte do Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus que pretende enviar R$ 125 bilhões para os Estados e Municípios aplicarem no combate a Covid-19. Ainda pela proposta do Senado, servidores da segurança pública e da saúde são exceções à regra.