Thaís Souza repudia decisão do STF que libera sacrifício de animais em culto religioso
Thaís Souza repudia decisão do STF que libera sacrifício de animais em culto religioso (Foto: Ismael Vieira)
A vereadora Thaís Souza (PSL) manifestou na tribuna, nesta terça-feira (2.abr), sua indignação com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que confirmou constitucionalidade do sacrifício de animais em cultos religiosos, “desde que sem excessos ou crueldade”.
Defensora da causa animal, membro da Comissão de Meio Ambiente, Thaís disse que seu repúdio à decisão do STF não colocava em xeque nenhuma religião, mas sim o retrocesso da causa animal. De acordo com os ministros, é permitido sacrificar o animal, mas sem excesso de crueldade. A vereadora argumentou então que para a lei, maltratar é crime, mas sacrificá-lo pode. “Qual o parâmetro para definir esse excesso?”, questionou.
Thaís Souza disse que faz parte de um grupo formado por vereadores de todo o Brasil que lutam pela causa animal, e a crítica à decisão do STF foi unânime. “Foi algo péssimo para a evolução das políticas públicas nessa área. Em países como Alemanha e França os animais já deixaram de serem objetos perante a lei”.
A vereadora classificou a visão do STF de “antropocêntrica”, ou seja, que tem apenas o homem como principal referência.
Thaís também falou sobre os abandonos de cavalos doentes em via pública, recorrentes em Anápolis. Ela explicou que deu entrada a um projeto proibindo veículos de tração animal, mas foi “duramente criticada” por aqueles que alegaram que seria tirado o sustento dos carroceiros. Então, a vereadora retirou o projeto e fez outro, propondo a redução gradativa desses veículos na cidade.
Thaís fez um apelo para o vereador que está com esse projeto, o analisando para emitir parecer. “Segurar projeto é muito ruim”, afirmou. “Tivemos dois problemas de abandono recentemente. As pessoas usam o animal de forma extenuante e depois o joga em via pública, que vira problema de saúde pública”.
A vereadora prosseguiu: “peço aos nobres pares que dê andamento ao projeto. Se não quando acontecer isso [o abandono em via pública] vou pedir para ligar para quem está com esse projeto”.