Thaís Souza alerta para análise de ação no STF que trata de abate de animais apreendidos em situação de maus-tratos

por Orisvaldo Pires publicado 15/09/2021 11h02, última modificação 15/09/2021 11h02
Na sessão ordinária da Câmara de Anápolis nesta quarta-feira (15.set) a vereadora Thaís Souza (Progressistas) manifestou repúdio ao teor de julgamento virtual no Supremo Tribunal Federal (STF), iniciado no dia 10 deste mês, que trata do abate de animais silvestres ou domésticos apreendidos em situação de maus-tratos. A previsão é que a votação seja finalizada na próxima sexta-feira (17.set).
Thaís Souza alerta para análise de ação no STF que trata de abate de animais apreendidos em situação de maus-tratos

Thaís Souza alerta para análise de ação no STF que trata de abate de animais apreendidos em situação de maus-tratos

Thaís Souza analisou que a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 640 trata de uma situação que viola a Constituição Federal. Segundo ela o assunto chegou ao STF por meio de Estados que alegaram não ter destinação para galos de rinha apreendidos. “Existe o risco, dependendo da decisão do STF, de que o trabalho de apreensão realizado pela Polícia Civil nos estados seja ignorado”, lamentou.

O ministro Gilmar Mendes, relator da ação, em abril de 2020 determinou a suspensão, em âmbito nacional, de todas as decisões administrativas ou judiciais que autorizem o sacrifício de animais silvestres ou domésticos apreendidos em situação de maus-tratos, em decorrência de interpretação ilegítima de dispositivos da Lei dos Crimes Ambientais. Thaís Souza defende que este parecer seja acompanhado pelos demais ministros do STF.

De forma veemente Thaís Souza repudiou a possibilidade de ser aprovada autorização para que esses animais sejam abatidos, “não podemos deixar que esta prática se perpetue, não podemos deixar brechas”. A vereadora lembrou que a justiça do Paraná, recentemente, reconheceu a capacidade dos animais em demandas judiciais, ou seja, a garantia da defesa dos direitos dos animais. 

HISTÓRICO
A ação foi ajuizada pelo partido PROS contra dispositivos da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98) e do decreto 6.514/08 relativos à destinação de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos apreendidos em decorrência de abuso e maus-tratos.

A legenda pede que o Supremo exclua qualquer interpretação da lei e do decreto que autorize o abate desses animais, a fim de resguardar o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e à proteção da fauna e da flora.

Em abril de 2020, o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, concedeu liminar e proibiu o abate em âmbito nacional. Agora, os ministros decidirão se referendam ou não a decisão.

(Foto: Ismael Vieira / Diretoria de Comunicação e TV Câmara)

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