Suplente assume cadeira de Wesley Silva
por cma
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publicado
12/06/2012 00h00,
última modificação
09/06/2016 10h49
Eli Rosa é o primeiro suplente na coligação PMDB/PTC nas eleições municipais de 2008
Na sessão ordinária desta segunda-feira (11/6), o primeiro suplente de vereador na coligação PMDB/PTC das eleições municipais de 2008, Eli Rosa (PMDB), assumiu a cadeira ocupada por Wesley Silva (PMDB). O vereador está afastado do cargo desde o dia 25 de abril, quando foi preso por suspeita de envolvimento em uma organização criminosa com atuação em Goiás e no Distrito Federal.
Wesley é investigado na Operação Saint Michel, um desdobramento da Operação Monte Carlo, que analisa possível direcionamento de licitação no transporte coletivo do Distrito Federal. Ele está detido no Presídio da Papuda, em Brasília. De acordo com o Regimento Interno da Câmara Municipal, após o 31º dia de afastamento das atividades no Legislativo, o suplente da coligação tem direito a tomar posse.
A convocação de Eli Rosa foi lida pelo presidente da Casa, Amilton Batista (PTB). Em seguida o peemedebista ganhou uma cópia atualizada do Regimento Interno da Câmara e da Lei Orgânica do Município (Loma). Depois de ser empossado, Eli Rosa agradeceu a receptividade dos demais vereadores em um breve pronunciamento feito no pequeno expediente. “Agradeço a população pelos votos que me creditaram, ao meu partido, o PMDB, e as boas vindas dos meus colegas de plenário”, disse.
Também na sessão ordinária desta segunda-feira, o presidente Amilton Batista leu o documento que foi enviado pela Justiça do Distrito Federal solicitando tomada de providências da Câmara Municipal em relação ao suposto envolvimento de Wesley Silva na suposta organização criminosa. A alegação é que o vereador estaria usando seu cargo público e de seu gabinete para influenciar no sistema de licitação do transporte coletivo do DF. Segundo ele, o documento enviado à Câmara cobra que o Legislativo instaure processo disciplinar para avaliar a situação do vereador.
A documentação foi encaminhada para Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), que deverá apreciar e dar parecer contrário ou favorável em relação ao assunto. Caso a CCJR considere que Wesley Silva, de fato, utilizou seu mandato para favorecer a organização criminosa, serão tomadas as providências no sentido de instaurar processo disciplinar que pode resultar na cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar. “Caso contrário o processo será arquivado”, explicou o presidente da Câmara.
O presidente da CCJR, Domingos Paula (PTB), também anunciou a convocação de Assef Naben (PMDB) para participar dos encontros realizados pela comissão. Assim, a partir das próximas reuniões, que acontecem todas as terças e quintas-feiras, o peemedebista deverá substituir a vaga de Wesley Silva que também era membro da CCJR. Caso o vereador licenciado consiga direito de responder ao inquérito na Justiça em liberdade, terá direito de retomar, após 30 dias, contados desde o dia 6 de maio, o seu mandato parlamentar.
Essa é a segunda vez que Eli Rosa assume mandato na Câmara Municipal. Em 2004 o agora vereador foi eleito pela primeira vez em Anápolis com 2.008 votos pelo antigo PFL, hoje DEM, mas perdeu sua vaga na Câmara por infidelidade partidária ao se filiar ao PMDB.
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