Saneago é alvo de crítica de vereadores
por cma
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publicado
17/09/2012 00h00,
última modificação
08/06/2016 10h13
Durante sessão ordinária parlamentares criticaram qualidade do serviço prestado em Anápolis
Na sessão ordinária desta segunda-feira (17/09) a Saneago, empresa do Estado responsável por executar os serviços de saneamento básico em Anápolis, foi alvo de críticas dos vereadores. O assunto foi puxado novamente pelo vereador Mauro Severiano (PDT), durante pronunciamento no pequeno expediente. “Na última semana falei sobre o péssimo serviço que a Saneago presta em nossa cidade. E hoje volto a repetir, não mudou nada. Cada vez é maior o número de bairros sem água”, destacou o pedetista.
Já na abertura do grande expediente, Domingos Paula (PTB) foi até a tribuna da Casa e disse que ainda na manhã desta segunda-feira uma emissora de rádio local da cidade noticiou que os vereadores não estão atentos ao problema da falta de água. “Estamos constantemente cobrando melhorias no serviço. No último final de semana, eu estava visitando o Residencial Copacabana e sei que lá estava sem água. Vi gente tomando banho em uma represa próximo ao residencial e outros moradores utilizando água dessa mesma represa para as necessidades da casa”, retratou.
O petebista chamou atenção para a necessidade de se construir novos reservatórios de água para o município. Segundo ele, é preciso parar de pensar apenas no manancial que vai abastecer Goiânia (João Leite) e cuidar também de Anápolis. “Estamos sempre cobrando providências da Saneago em relação a qualidade do serviço prestado na cidade. E vamos continuar apontando as falhas”, afirmou.
Domingos Paula também disse que sua intenção não é criticar a gerência da Saneago em Anápolis, já que isso não resolveria a situação. Segundo ele, seu objetivo é cobrar investimentos de qualidade do Governo do Estado na área de saneamento básico no município. “Precisamos conseguir um novo reservatório para abastecimento próprio. Temos água para isso. A nossa cidade está crescendo e se desenvolvido. E estamos falando de qualidade de vida”, reforçou.
João Feitosa (PP) fez coro às críticas de Domingos Paula e Mauro Severiano. Ele informou que tem recebido ligações frequentes em seu gabinete de moradores do distrito de Souzânia informando que a região tem sofrido com o desabastecimento de água que chega a durar até quatro dias. Para o pepista inaceitável deixar a situação chegar a este ponto principalmente na época mais quente e seca do ano.
“Levam caminhões pipas para dar o suporte, mas acredito que não seja suficiente para atender a comunidade. Levam nossa água para abastecer Goiânia e nós ficamos sem. Falta de rio não é, porque temos vários. Tá faltando é investimento e qualidade no serviço prestado”, pontuou Feitosa.
Gina Tronconi (PPS), destacou que diante dos problemas recorrentes, talvez seja o momento de voltar a discutir a municipalização da água. A vereadora comentou que em Uberlânida (MG), por exemplo, desde quando a Prefeitura passou a ser responsável pelo serviço ,a cidade não teve mais problema com a falta d’água. “Há 20 anos a água de Uberlândia foi municipalizada. Deu certo. Acho que é o momento de retomar a discussão aqui em Anápolis para que se ache a solução. Dinheiro tem, água tem, falta resolutividade”, comentou.
Já o presidente da Câmara Municipal, Amilton Batista (PTB), reforçou que já que a Saneago tem a concessão, ela tem a obrigação de oferecer qualidade no serviço prestado. Segundo ele, é preciso observar se o contrato que foi assinado mais recentemente entre o município e a empresa está sendo totalmente cumprido. “A empresa tem obrigação de levar água para as torneiras independente de onde venha essa água, se é do Piancó I, II, do Corumbá ou do Capivari”, falou.
Segundo Amilton Batista a discussão sobre a qualidade do serviço prestado pela empresa em Anápolis deve continuar. “O plano estratégico de trabalho para universalização da água apresentado pela Saneago foi caro e não está sendo cumprido. No contrato mostra que os cortes que a empresa faz na cidade para extensão de rede tinham que ser tapados com 72 horas, alguns ficam mais de três meses abertos. Tudo isso é falado, é discutido aqui nessa Casa. o tema é importante, deve ser deatido”, reafirmou.
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