Reamilton Espíndola se emociona ao falar do autismo e do filho Reydner
“Quando presencio alguns eventos, momentos que falam de autistas ou com autistas, me emociono, porque passa um filme na cabeça”, destacou o vereador, casado com Janaina e pai do Reydner e da Thayme. Para ele, o desenvolvimento foi muito grande e a cada dia tem uma novidade. Contudo, os anos iniciais foram muito difíceis e tensos.
O Reydner, atualmente com 15 anos, foi diagnosticado com o espectro autista muito pequeno. Antes dos 3, a família apontou que pouco se falava do tema e que não era fácil descobrir muita coisa só de olhar pra criança. Os tempos árduos da família mostram que a fé e a união deveriam caminhar juntas, porque os períodos árduos os fizeram fortes.
Reamilton comemora por não ver o filho usando fralda, fato que aconteceu até aos 8. O vereador conta que a esposa enfrentou depressão e a família superou várias barreiras, até ele conseguiu os trabalhos de barbeiro e, na igreja, de pastor. Ele lembra que, doía no peito quando os pais sonhavam em ouvir a frases “eu te amo” e não acontecia com o filho. Demorou muito ao ver o menino falar, tentar montar orações, palavras juntas.
“Todo esse contexto gera uma carga e sobre carga de emoções”, disse Reamilton, que nos eventos usa lenço e guardanapo para segurar o choro. E emoção corre no discurso. Para ele, o decorrer do tempo indicou muitas superações. Segundo o vereador, hoje o Reydner gosta de ler. No momento, está lendo “Bom dia, Espírito Santo”. O pai lembrou que, alguns meses atrás, o filho se importava com uma prancheta para desenhar. Ou seja, os costumes mudaram.
Reamilton acredita que Reydner é um autista sociável, dentro da limitação dele, é claro. “Por essa nossa luta e agora, como pastor, crendo na ação sobrenatural, divina, profética, investi na política e na manutenção da família", disse. Agora o vereador prega a conscientização da comunidade quanto ao autismo, a produção e aplicação das leis.
Foto: Júlio de Paula