Professora Geli fala faz uma análise sobre a falta de segurança nas escolas da cidade

por fernanda — publicado 02/04/2019 09h49, última modificação 02/04/2019 09h49
Professora Geli fala faz uma análise sobre a falta de segurança nas escolas da cidade

Professora Geli fala faz uma análise sobre a falta de segurança nas escolas da cidade

A vereadora Professora Geli Sanches (PT), fez um paralelo em relação a segurança pública e funcionamento das unidades escolares em Anápolis. Geli disse que é procurada com frequência por pais, alunos e professores preocupados com a situação.

"Vivemos uma época em que foi imposto um processo criminalização ao professor. Atribuindo ao docente as responsabilidades sobre a educação das crianças, jovens e adolescentes, mas os princípios educacionais devem vir de casa", declarou na tribuna do plenário durante a sessão ordinária desta segunda-feira (1.abr).

Geli lamentou que em pleno século 21 seja necessário que professores saiam às ruas para reivindicar o direito ao reajuste salarial previsto em lei. Segundo ela, faltam muitos incentivos ao setor.
"Temos um ministro estrangeiro que até agora, chegando ao quarto mês de gestão, ainda não acertou os rumos nem as diretrizes da educação. Uma secretária estadual cancelando turnos de funcionamento em unidades escolares", citou.

A vereadora lembrou que recentemente o Brasil ficou de luto pelo massacre em uma escola na cidade de Suzano (SP) registrado no dia 13 de março. Segundo ela, apesar da comoção mundial, hoje, essa apologia ao massacre de Suzano é registrada em várias unidades do País e Goiás não foge a regra.
"Já tivemos problemas, inclusive com apreensão de menores, em escolas de Pontalina, Quirinópolis, Bom Jesus, Goiânia, Abadiânia e até aqui em Anápolis na semana passada", ressaltou.
Para vereadora, a situação é ainda mais preocupante considerando que as escolas não têm estrutura para prevenir qualquer tipo de ocorrência, de um simples assalto até um massacre.
"Não temos vigias em Anápolis. Agora foi contratada uma empresa para monitorar as escolas a noite, mas temos um histórico de problemas de violência em nossas unidades. Escolas sem muros, ou com muros baixos, sem porteiros, ou mecanismos de segurança como câmeras e alarmes", citou.
Para exemplificar a situação, Geli Sanches citou o caso da Escola Maronita Dias Dourado, no Setor Sul, que já foi roubada várias vezes. "Todo material do professor, arquivos da unidade escolar foram destruídos. Isso é lamentável porque a reconstrução desse acervo é muito trabalhoso e criterioso", pontuou.
Geli concluiu seu pronunciamento reforçando que o professor é responsável pela parte didática das escolas e não pela segurança do local. "Tem um projeto meu tramitando na Casa desde meados de 2018 transformando as nossas unidades escolares em área de segurança. Solicito que os colegas concluam a análise da matéria nas comissões para que a proposta seja apreciada em plenário", pediu.
Ainda de acordo com Geli, não se trata de um pronunciamento de oposição, mas de alerta para evitar que a cidade vivencie um trauma como o registrado na cidade paulista de Suzano.