Professora Geli critica demora em nomear substitutos no lugar dos professores que estavam fazendo dobras
A vereadora Professora Geli Sanches (PT) ressaltou na tribuna, nesta segunda-feira (9.set), que há alunos na rede municipal sem professor, devido à demora da Secretaria de Educação em fazer a substituição daqueles docentes que estavam fazendo a dobra de turno.
Geli iniciou seu discurso dizendo discordar da medida tomada pelo Executivo de colocar no lugar desses professores concursados, profissionais que estão sendo contratados pelo poder público em regime especial.
Segundo a vereadora, a medida contraria a Constituição Federal e, no caso de Anápolis, o projeto de lei chegou à Câmara Municipal sob a justificativa que as contratações seriam apenas para os dois cmeis (centros municipais de educação infantil) inaugurados recentemente.
Apesar disso, continuou Professora Geli, as substituições começaram a ocorrer em diversas unidades. “Então tiraram alguns [professores] e não colocaram outros de imediato. Porque estão convocado e muitos não estão comparecendo”, explicou.
Para ela, o salário, abaixo do piso nacional da categoria, tem afastado esses docentes, mesmo para contratos especiais. “E como os convocados não assumem, os alunos ficaram sem professores, e estão sendo assistidos por coordenadores, diretores ou por algum funcionário da escola. E apesar do empenho desses profissionais, não há uma sequência na sala de aula”, ressaltou.
Professora Geli disse temer perdas para a educação como um todo, principalmente porque 2019 é ano de prova do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
A vereadora também pediu cumprimento à lei da inclusão, pois ela tem acompanhado o caso de uma estudante matriculada em maio na rede municipal, mas que por falto de um cuidador não pode frequentar as aulas.
Professora Geli também disse que apesar da vacância de vagas de professor P4, abertas com as aposentadorias, aqueles docentes na ativa que aguardam a progressão não estão sendo contemplados. “Em contrapartida tem a nomeações de contratos especiais. É preciso valorizar a educação, pois só assim garantiremos um futuro melhor”, finalizou.