Professor Marcos diz que o país ainda não conseguiu fazer com que a Lei Áurea funcione de verdade
O vereador Professor Marcos (PT) relembrou na tribuna, na sessão desta terça-feira (14.mai), a Abolição da Escravatura no Brasil, uma data histórica celebrada em 13 de maio, que não é voltada para a comemoração, mas sim de reflexão e luta.
Segundo o vereador entre os séculos XVI e XIX, mais de 4 milhões de pessoas foram trazidas da África e escravizadas no Brasil. O trabalho era, sobretudo, na zona rural, no plantio de cana de açúcar e também na extração de ouro.
“Em 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea e 700 mil pessoas foram libertas, mas sem direitos trabalhistas, empobrecidas, famintas e com problemas de saúde”, ressaltou Professor Marcos.
O vereador disse que chama a atenção que em 2024 ainda existam pessoas em situação análoga à escravidão ou, como disse, “em condição de escravidão mesmo”. No ano passado, 3,1 mil pessoas foram resgatadas por órgãos de fiscalização por viverem como escravas.
“O Brasil ainda não conseguiu fazer com que a Lei Áurea funcione de verdade”, comentou Professor Marcos, citando o trabalho realizado hoje pelo Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial.
O vereador citou algumas pessoas que considera importante na luta por essa igualdade: mãe Carmem, professor Edergenio, professor Alex e os grupos Sambadeiras do Cerrado e Baque Trinca Ferro. “São tantas pessoas que ajudam a conscientizar as pessoas”, frisou.
Na conclusão do discurso, Professor Marcos citou a filósofa Angela Davis: “numa sociedade racista, não basta não ser racista, é necessário ser antirracista”.