Professor Marcos destaca luta contra o racismo no mês da Consciência Negra
O vereador Professor Marcos Carvalho (PT) destacou o Novembro Negro, voltado ao combate ao racismo, em discurso na tribuna na sessão desta quarta-feira (22.nov). Ele iniciou citando o pastor Martin Luther King, que dizia que tinha “o sonho de viver em uma nação onde as pessoas não sejam julgadas pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter”.
“Para se ter uma ideia, entre os séculos XVI e XIX no país, 4 milhões de pessoas foram escravizadas”, informou o vereador, que ressaltou que em 1872, D. Pedro II determinou a realização de um censo, que apontou 1,5 milhão de escravizados no Brasil. Marcos ressaltou que poucos anos depois, em 1888, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, 700 mil negros conquistaram a liberdade, mas condicionada à pobreza, analfabetismo e condições precárias de saúde devido aos muitos anos de trabalhos forçados.
“Essa herança perdura dois séculos depois”, continuou o vereador, que citou políticas reparadoras como as cotas raciais e sociais, necessárias, assim como uma educação que trata da igualdade étnico-racial em um país que ainda precisa reforçar o combate à intolerância e o preconceito. Professor Marcos reforçou ainda a importância da criminalização do racismo ou mesmo da injúria.
O vereador citou dezenas de palavras e expressões que fazem parte do vocabulário de muitos – inclusive ditas no parlamento – que demonstram o racismo estrutural: mulata tipo exportação, fazer as coisas nas coxas, magia negra, entre outras. “Expressões que a gente ouve e que são racistas. Precisamos nos educar”, destacou.
Além disso, o vereador ressaltou que o último censo do IBGE mostrou que 56% da população brasileira é preta ou parda, mas mesmo assim essa parcela amarga a pior renda e não ocupam espaços de poder. “O país é marcado pelo racism