Presidente Leandro Ribeiro é contra mudanças que prejudiquem aposentadoria rural e BPC
O presidente da Câmara Municipal, vereador Leandro Ribeiro (PTB), usou a tribuna do plenário para falar sobre as mudanças previstas na Reforma da Previdência Social. A matéria do Executivo Nacional está na Câmara dos Deputados e deve ser colocada na pauta de votação em breve.
"Concordo que a reforma é necessária para evitar o colapso da Previdência. Também sou a favor da opinião do presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia, em ser contrário as mudanças inerentes ao Benefício de Prestação Continuada, o BPC e a aposentadoria rural", destacou o presidente.
De acordo com Leandro Ribeiro a proposta enviada a Câmara, antecipa a idade de pagamento do BPC, pago a idosos pobres, mas também reduz os valores iniciais. Hoje, é pago um salário mínimo, R$ 998, a partir de 65 anos. Com a reforma passaria para os 60 anos a idade e reduziria o benefício para apenas R$ 400. O valor do salário mínimo só será pago somente quando o trabalhador atingir 70 anos.
"Quem trabalha no campo tem a rotina desgastante. É serviço pesado de exposição ao tempo, não é justo que para melhorar a Previdência Social, prejudique esse trabalhador. Falta de respeito. E quando começamos a envelhecer, temos que ter recursos financeiros que dê condições de cuidar da nossa saúde", declarou Leandro Ribeiro.
O petebista acrescentou que é possível seguir outros caminhos para melhorar a questão previdenciária do Brasil, como cobrar a dívida dos grandes devedores, por exemplo.
"Temos uma lista de grandes empresas devendo bilhões ao sistema previdenciário. A JBS deve R$ 2,4 bilhões ao setor, Marfrig também tem dívida de R$ 1,2 milhão. Penalizar o trabalhador assalariado é desumano", frisou.
O presidente da Casa destacou ainda que o prefeito Roberto Naves (PTB), assumiu o compromisso e hoje, com respaldo da Câmara Municipal, o Instituto de Seguridade Social de Anápolis (ISSA) respira aliviado, com condições de pagar os aposentados e pensionistas sem o aporte mensal de R$3 milhões, em média, por parte do Executivo.