Pastor Elias pede que Estado dê celeridade na fila de cirurgias de lábio leporino
O vereador Pastor Elias Ferreira (PSDB) fez um apelo ao secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, em discurso na tribuna nesta segunda-feira (2.mar), para que auxilie a Secretaria Municipal de Saúde no que diz respeito a cirurgias plásticas reconstrutivas de lábio leporino ou fenda palatina.
Segundo ele, diversos casos já chegaram ao seu gabinete, de pais de crianças de Anápolis que precisam desse tipo de intervenção médica, mas é necessário apoio do Estado para que as demandas sejam atendidas.
Por ser tratar de um procedimento de média e alta complexidade, a regulação é feita pelo Estado. Ou seja, o paciente dá entrada na rede municipal local, mas deve aguardar o chamado do órgão estadual.
Esse tipo de intervenção é feita pelo SUS em Goiás somente no Hospital das Clínicas da UFG, no Hospital Materno Infantil e no Crer (Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo), todos em Goiânia.
Lábio leporino e fenda de palatina são malformações congênitas que ocorrem durante o desenvolvimento do embrião. O tratamento requer abordagem multidisciplinar, isto é, a participação de especialistas de várias áreas.
Pastor Elias relatou que conversou no ano passado com o deputado federal Danrlei de Deus Hinterholz, do Rio Grande do Sul, autor de um projeto de lei que obriga o SUS a realizar cirurgia de lábio leporino e fenda palatina. O texto foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos da Câmara Federal.
“O projeto de lei 3.526 estabelece que o SUS, por intermédio de sua rede de unidades públicas ou conveniadas, é obrigado a prestar serviço gratuito de cirurgia plástica reconstrutiva e de tratamento pós-cirúrgico, abrangendo as especialidades de fonoaudiologia, psicologia e ortodontia, bem como de outras intervenções necessárias para a recuperação integral do paciente”, explicou Pastor Elias.
O vereador destacou a urgência dessa proposta, já que anualmente o Brasil registra 5,8 mil casos de bebês com fissuras labiopalatais. “E menos da metade desses recém-nascidos são atendidos pelo Sistema Único de Saúde”, disse.
Sem atendimento adequado, essas crianças sofrem problemas com a alimentação e na fala, prejudicando seu desenvolvimento físico, psicológico e social. Pastor Elias contou que acompanhou o caso de uma criança que ficou na fila por dois anos e quatro meses até conseguir a cirurgia.
“E ressalto aqui que não se trata de cirurgia plástica visando uma questão estética, mas sim a correção de um problema que atrapalha muito os pacientes”, explicou o vereador.