Pastor Elias participa de reunião sobre ações preventivas em vestibular da Unievangélica
O vereador Pastor Elias Ferreira (PSDB) representou o Poder Legislativo em uma reunião na Unievangélica, na tarde de segunda-feira (19.jun), que tratou sobre as estratégias a serem seguidas no próximo domingo (25), em que será realizado o vestibular para o curso de medicina.
O parlamentar propôs o encontro para tentar encontrar uma solução, após o tumulto ocorrido no último dia de prova da faculdade. “Fiquei muito preocupado, pois muitos jovens se aglomeraram do lado de fora da instituição, impedindo o trânsito, fazendo barulho excessivo e consumindo bebidas alcoólicas. Recebemos muitas reclamações. Os alunos não estão entendendo que estão prejudicando a instituição”, informou o tucano.
O reitor da Unievangélica, Carlos Hassen Mendes, disse que internamente conseguem um controle com guardas, mas não podem interferir nas manifestações externas. "A universidade está segura. Os problemas com os próprios academicos têm ocorrido externamente, e não podemos atuar. Os alunos querem fazer festas para receber os novatos, mas estão extrapolado o limite, trazendo um transtorno muito grande”, relatou.
O reitor contou também que o processo seletivo era realizado no mesmo dia até o ano passado. “Reservamos realizar o vestibular de medicina para um dia exclusivo, pois é maior o número de procura. Não temos mais problemas de violação no vestibular, mas precisamos traçar uma estratégia preventiva para o próximo domingo. Não somos contra as festas, mas se for realizada em espaço público, precisa ter as devidas autorizações”, avisou.
Marcelo Mello, pró reitor acadêmico, falou que a faculdade sempre manteve diálogo com os alunos que vinham vender água e caneta anteriormente, mas nunca extrapolavam os limites de barulho. “Ano passado, os alunos de todas as Atléticas se encontraram para participar no dia do vestibular. Esse ano fizemos uma reunião com o Diretório das Atléticas pedindo colaboração, e nos tranquilizamos, acreditando que nossa conversa havia resolvido a questão. Porém no dia do vestibular, vimos a baderna e ligamos para a Polícia Militar e para a Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), mas nossos chamados não foram suficientes para conter o tumulto. Não compactuamos com essas atitudes e tentamos impedir com o diálogo anteriormente", advertiu.
Major Rodrigo Bispo, Comandante da CPE Anápolis, expôs que não pode impedir algumas ações em ambiente público. "Precisamos garantir o direito de ir e vir. E também garantir os limites da legalidade e segurança. Prezamos muito a segurança e a necessidade de desobstruir as vias. Temos que realizar ações preventivas para que sejam eficientes, com mais ordem e menos bagunça", pontuou o major.
Para Roberto Alves, Ouvidor Geral da Unievangélica, não é do interesse da instituição o fechamento das vias. “Não queremos impedir o trânsito. Temos que garantir o direito dos vestibulandos, de facilitar a chegada ao local. Recebi quinze reclamações de próprios alunos esse ano. Mas vamos pedir a colaboração deles novamente para que os transtornos não voltem a ocorrer no domingo”.
Major Hrillner Braga Ananias disse que as pessoas precisam ter consciência de que existem leis. "Não podem fazer tudo o que querem. As leis e instituições devem ser respeitadas. Entendo que a maioria dos estudantes está com boas intenções, mas o álcool e a multidão interferem no comportamento das pessoas. Devemos coibir a potencialidade de alterar as reações das pessoas, como a venda de álcool e busca de drogas. Ofereço o apoio da Polícia Militar”.
Tenente Milson, da segurança contra incêndio e pânico, do corpo de bombeiros comentou que a corporação não tem nenhuma legalidade de agir em vias públicas em eventos não autorizados. “Mas se for definido um local físico, podemos exigir normas. Podemos enviar uma viatura do corpo de bombeiros de forma preventiva, mas temos apenas três viaturas e pode haver outra ocorrência”.
Fabrício Lopes da Luz, Assessor Técnico da CMTT afirmou que existe a questão da vulnerabilidade. “Sem o apoio da Polícia Militar não podemos colocar nossos funcionários em situações de risco, por segurança trabalhista. Mas temos buscado com a polícia e temos o apoio, com sucesso. A CMTT está disposta a ajudar. Sugeriram placas temporárias impedindo o estacionamento nas vias durante a prova, mas as barracas montadas para comércio inibem a eficiência. Podemos também colocar um bafômetro para disponibilizar e coibir”, contou.
Sargento Pereira , Diretor da Postura disse que não existe nada no Código de Postura que impede o comércio próximo às escolas. "Se estiver com alvará de funcionamento, não podemos tirá-los. Podemos impedir quando o decibéis ultrapassa o limite permitido. Viemos no último vestibular às 19h. No dia 25, podemos proibir as barracas sem autorização, sem alvará de funcionamento. Em breve o código será reformulado e acredito que ações como estas sejam evitadas”, falou.
Dr. Glaysson Reys, do Observatório Municipal de Segurança, lembrou que estão implantando desde de janeiro um plano de segurança pública, e as faculdades estão inclusas nas avaliações. "A situação é preocupante, não apenas nos dias de vestibular, mas durante todo o ano. Atualmente existe infiltração de pessoas estranhas, inclusive traficantes. Precisamos trabalhar mais com a inteligência para não perder o controle. As ações integradas dos órgãos, atuando na linha de frente, podem impedir a perturbação do sossego, que estão constrangendo o direito das pessoas de ir e vir".
A Delegada Titular do 1º Distrito Policial, Dra Geinia Maria Etherna disse que a situação está fora de controle, mas com as ações preventivas, com todas as forças atuando durante todo o dia, não haverá constrangimento. "A ideia de que tudo é permitido em Anápolis precisa ser retirada. Se houver ação enérgica da Postura, do CMTT e da Polícia, não passaremos pelo vexame que foi em 2016 e na última prova. Só é permitida venda de água e caneta. A polícia civil irá fazer sua parte, e teremos sucesso nas atitudes integradas", concluiu.