Elias Ferreira é recebido pelo presidente da Saneago, que tenta acalmar os ânimos dos anapolinos
A indignação e a tristeza demonstradas pelos vereadores e parte da sociedade que compareceram na Audiência Pública, no último dia 18 de outubro, na Câmara Municipal de Anápolis, foram refletidas pelo presidente da Saneago, Ricardo José Soavinski. Os parlamentares deixaram claro que a estatal não investe o necessário na Cidade, nem diz, claramente, sobre a construção de uma nova barragem e, tampouco, apresenta uma estratégia de planejamento para findar de uma vez por todas com os problemas oriundos da falta de água.
A partir do debate ocorrido, com a presença dos três parlamentares anapolinos na Assembleia Legislativa inclusive, o vereador Pastor Elias Ferreira (PSDB) se encontrou com o presidente da Saneago, na tarde desta terça-feira (22.out), na sede da instituição, em Goiânia, para fortalecer os pedidos de mudança e encontrar soluções para os problemas que só se avolumam em bairros e empresas, como as do DAIA, de Anápolis. “Não vamos nos acomodar. O povo está passando necessidade. Não tem água para beber, para lavar roupa, vasilhas, nem para o povo usar em suas mais simples necessidades diárias”, extravasou o vereador.
Na oportunidade, o vereador anapolino entregou a Ricardo Soavinski, cópias da ata da Audiência Pública, que tratou do saneamento básico na Cidade -, assinada por todos os vereadores, e do CD, que contém o áudio dos debates. Ele recebeu também as assinaturas de todas as autoridades presentes e fotografias do evento.
Segundo o presidente da Saneago, a oportunidade foi boa de explanar ao povo anapolino a respeito dos problemas atuais enfrentados pelos moradores. Ele falou que, de forma franca, a região Sul da Cidade nunca tinha sido afetada como foi agora. Para ele, o plano de curtíssimo prazo, apresentado por técnicos da Saneago aos parlamentares, direcionou-se a dar respaldo ao Distrito Agroindustrial de Anápolis.
“Por mais estrutura que se passa, se não trabalhar bem os mananciais, as bacias hidrográficas, a gestão de quem usa, como usa, o quanto usa, todo mundo vai ter problema de água, como as próprias indústrias estão tendo, agora, no DAIA. A água é finita, principalmente na época de estiagem, a vazão destes rios, que abastecem a Cidade, cai muito. Para que todos possam usar, tem de ser muito bem administrado. É uma tarefa de governo. A Saneago está totalmente à disposição, eu falei isso claramente”, analisou Ricardo Soavinski.
Na ótica do presidente da Saneago, medidas que oferecem tranquilidade a médio prazo, estão sendo feitas, como a expansão de tratamento e a colocação de mais duas bombas no rio para forçar a transposição. Mas, de acordo com ele, para resolver o problema, de forma definitiva, é preciso construir uma barragem, bem como gerir bacias.
Ricardo Soavinski explicou que os goianos vivem num lugar que tem um longe período de estiagem e época em que tem bastante água. Para ele, as pessoas têm de reservar água para quando não tem. Por causa disso, o presidente da Saneago informou que um estudo hidrológico foi contratado, num raio de 40 quilômetros de Anápolis, para levantar quais seriam os lugares mais propícios a fazer mais barragens.
“É lógico que tem de ver o volume acumulado, o valor investido, a área de inundação. Tem uma série de parâmetros que estão sendo estudados. Esse estudo fica pronto no início do mês de dezembro. Decidido onde vai ser, é detalhar o projeto, depois licitar, fazer a obra e fazer o que tem de fazer. Enquanto não tiver barragem, vamos fazer gestão das bacias, obras menores que já resolvem, que dá mais conforto e focar no resultado. A gente trabalha para isso”, resumiu.
Foto: Assessoria do vereador