Pastor Elias faz Moção de Apelo para que governo não acabe com Passe Livre Estudantil

por marcos — publicado 06/11/2019 16h49, última modificação 06/11/2019 16h49
Pastor Elias faz Moção de Apelo para que governo não acabe com Passe Livre Estudantil

Vereador Pastor Elias, do PSDB (Foto: Ismael Vieira)

O vereador Pastor Elias (PSDB) é autor de Moção de Apelo, aprovada na sessão desta quarta-feira (6.nov), que pede ao governador Ronaldo Caiado (DEM) e aos deputados estaduais atenção especial para que a mudança na lei que criou o programa Passe Livre Estudantil (PLE) não prejudique a comunidade escolar.

Em discurso na tribuna, o vereador deu detalhes de proposta da atual gestão estadual que acaba com o PLE, criando o programa Passe do Jovem Estudante (PJE). "Essa nova legislação pode prejudicar significativamente a vida dos estudantes goianos beneficiários do passe livre", ressaltou.

Segundo Pastor Elias, hoje o programa de transporte coletivo gratuito beneficia 85.075 estudantes em Goiás. Com a alteração, esse número cairia 72,5%, o que representa que sobrariam somente 22.657 jovens. "Temos ciência que é uma estratégia para redução das despesas da máquina pública, mas é preciso cautela para não trazer prejuízos àqueles que verdadeiramente dependem do benefício".

O PLE é válido para estudantes da rede pública e particular, da região metropolitana de Goiânia, Anápolis e Rio Verde, do ensino fundamental, médio, técnico e superior. Hoje não há exigência de comprovação de renda. O gasto total do programa é de R$ 80 milhões.

Pastor Elias ressaltou que com as mudanças, somente estudante da rede pública, de escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas seriam beneficiadas, ou aqueles que estão na rede particular, mas com bolsa integral. O novo programa abrange todo o Estado, mas é direcionado apenas a quem faz ensino médio, cuja família tenha renda de até três salários mínimos. O seu custo seria de R$ 39,8 milhões.

O vereador falou sobre os prejuízos para Anápolis, que hoje tem 12 mil estudantes beneficiados pelo passe livre. Ele lembrou que a cidade é um forte polo universitário, um público que deixaria de contar com o programa do governo, para muitos comprometendo a continuidade dos estudos.

"É inadmissível qualquer mudança, por isso peço apoio aos deputados de nossa cidade. Essa nova lei prejudica justamente o estudante mais carente, que tenta conquistar algo através de um curso superior", explicou Pastor Elias.