Luiz Lacerda faz críticas ao projeto de suspensão temporária do repasse patronal ao Issa
O vereador Luiz Lacerda (PT) falou na tribuna, na sessão desta segunda-feira (3.ago), sobre o projeto do Executivo, aprovado em sessão extraordinária no mês de julho, que paralisou os repasses patronais ao Instituto de Seguridade Social dos Servidores Municipais de Anápolis (Issa) até o final do ano, seguindo lei federal relacionada à crise gerada com a pandemia do coronavírus. Ele teceu críticas à propositura.
Lacerda comentou que a Câmara Municipal foi enganada pelo então presidente do Issa, Rodolfo Valentini, ainda no projeto de unificação das massas, pois o que foi dito é que não se mexeria no fundo, na época com R$ 87 milhões.
“O que se nota e está muito claro é que aquela manobra foi totalmente uma enganação. A unificação das massas foi apenas uma manobra para se gastar o que estava no fundo previdenciário. Não votamos autorização para se gastar o fundo, mas autorização para unificar as massas. Não se deu autorização para dilapidar o fundo”, afirmou o vereador.
O entendimento, disse Lacerda, é que a unificação cessaria o aporte mensal de R$ 3 milhões ao Issa, o que sempre foi um sacrifício para o Executivo. Mas não foi feito o trabalho de capitalização do fundo com as áreas repassadas ao instituto. Agora, com o novo projeto aprovado, o fundo continua sendo a única fonte de recursos – o dinheiro está chegando ao fim, o que segundo o vereador obrigará a administração a arcar com a folha completa dos aposentados e pensionistas.
O vereador afirmou ainda que deixa seu repúdio e indignação com a forma que o Executivo trata a Casa, “como se fosse extensão do gabinete do prefeito”. “Não se tem autonomia, principalmente vereadores da base, que se não reza na cartilha dele, tem retaliação”.
Luiz Lacerda afirmou que teve vereador que sofreu retaliação só porque usou a tribuna e falou contra o projeto. “O vereador Lélio [Alvarenga] foi retirado da liderança porque votou com a oposição. Isso foi dito pelo presidente do partido dele. Mas ele votou com a população, contra um projeto indecente”, completou.