Lisieux Borges mostra detalhes das contas de água e energia paga por contribuintes

As empresas responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica, água tratada e esgoto (Enel e Saneago), são frequentemente alvos de críticas na Câmara Municipal pela má qualidade dos serviços prestados em Goiás e, principalmente em Anápolis.

Em discurso no grande expediente, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (13.mar), o vereador Lisieux José Borges (PT), falou sobre as empresas, mas fazendo uma análise diferente dos pronunciamentos dos outros parlamentares.

O petista detalhou a quantidade de encargos que são embutidos no valor total cobrado nas contas de água e energia.

“Na conta de luz, por exemplo, pagamos apenas 25% de energia elétrica. A empresa cobra 23% para distribuição, 4.2% para transmissão, 29.74% de encargos como PIS e ICMS, 7.8% vai para iluminação pública. Tem ainda a cobrança da bandeira vermelha quando aumenta o consumo e ainda a questão das perdas do sistema”, detalhou o vereador.

Lisieux também falou sobre a tarifa mínima de consumo que é cobrada na conta de água com valor de 12.71%. “Venho levantando esse assunto há um tempo. Já fui na Agência Goiana de Regulação, a AGR falar sobre isso, mas parece que existe um conchavo entre a Saneago e o órgão no sentido de defenderem essa cobrança que, na minha concepção é ilegal”, explicou.

O vereador mostrou que em média a Saneago arrecada R$ 12 milhões mensais em Anápolis. Desse total, pelo menos 10% é proveniente da cobrança de mínima de consumo.

“Eu até concordo em cobrar essa taxa dos imóveis fechados. Foi instalado o hidrômetro, é feita a medicação do consumo, a água está disponível, mas, dos locais que usam o benefício diariamente, casas habitadas e comércio, não faz sentido algum”, reafirmou.