Lisieux Borges chama a atenção para o Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa
O vereador Lisieux José Borges (PT) chamou a atenção, em discurso na tribuna, na sessão desta quarta-feira (14.jun), para o Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa, que será celebrado nesta quinta-feira (15.jun).
Lisieux também falou da lei n° 4.159, de 18 de outubro de 2021, que institui a Semana Municipal de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, uma iniciativa de sua autoria que propõe debates sobre o tema na semana em que se celebra a data.
O vereador classificou a violência contra o idoso como degradante, covarde e perversa, que destrói a autoestima e tira a dignidade de uma parcela considerável da população, portanto a necessidade do Poder Executivo em colocar em prática a Semana Municipal de Conscientização.
“A lei leva conscientização para nossas escolas, para as crianças e adolescentes. Trabalho nas duas pontas, em creche e no Asilo São Vicente de Paulo. Tenho experiência para afirmar que a criança que a gente orienta sobre qualquer coisa, quando ela chega em casa acaba instruindo a família. E se ela tem conhecimento, ao presenciar a violência, pode leva-la para um professor, por exemplo”, disse Lisieux.
O vereador afirmou que seria importante que a Prefeitura de Anápolis orientasse os agentes comunitários de saúde, que estão diariamente na casa das pessoas, sobretudo nas mais carentes, para relatar indícios de falta de cuidados com idosos.
Ele apresentou dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que relaciona que 16% da população idosa do mundo é submetida a algum tipo de violência. “Temos mais de 30 milhões de idosos no país, o que dá mais de 4 milhões sofrendo algum tipo de abuso. É preciso considerar que essa parcela da população está aumentando, pois ao final da década teremos mais idosos do que crianças no Brasil”, explicou Lisieux.
O vereador trouxe o conceito de violência contra o idoso estabelecido pela OMS: “ato único ou repetido ou, ainda, ausência de ação apropriada, ocorrendo dentro de um relacionamento de confiança e que cause dano, sofrimento ou angústia para a pessoa idosa”.
Lisieux também falou dos diferentes tipos de violência contra o idoso: física, psicológica, abuso financeiro ou material, abuso sexual, negligência e abandono. Ele contou um caso presenciado no Asilo São Vicente de Paulo, em que se descobriu que um idoso, com demência, possui diversos bens, que tinham sido usurpados por parentes.
O vereador apresentou mais um dado sobre a violência contra o idoso, essa levantada pela delegacia especializada da Polícia Civil de Anápolis: 90% das agressões acontecem no ambiente doméstico. “Olha o absurdo que a gente vive”, finalizou Lisieux.