Lisieux apresenta subsídios para debate sobre coleta de resíduos infectantes
O vereador Lisieux José Borges (PT) falou na tribuna, nesta quarta-feira (22.nov), sobre a mudança no serviço de coleta de resíduos infectantes produzidos por hospitais, laboratórios, clínicas médicas e odontológicas, drogarias e outros estabelecimentos, que a partir do dia 1º de dezembro deixará de ser feita pela Prefeitura de Anápolis e passará a ser responsabilidade das próprias geradoras.
Lisieux repercutiu a presença de representantes do Executivo na sessão de terça-feira (21.nov). Estiveram no plenário o secretário municipal de Meio Ambiente, Habitação e Planejamento Urbano, Daniel Fortes; o diretor de Limpeza Urbana, Antônio El Zayek; e o procurador Leonardo Pedroso.
O vereador disse que embora tenham afirmado o contrário, há sim muitas dúvidas sobre o assunto. Ele mesmo recebeu diversos telefonemas após a reunião na Câmara. Lisieux apresentou dados que, segundo ele, podem dar mais subsídio para o debate.
“Já existe a coleta de medicamentos vencidos em Anápolis, pois as farmácias são obrigadas a ter esse tipo de serviço, definida em lei de 2010. Inclusive, não é concedido alvará de funcionamento para esses estabelecimentos se não tiverem a empresa registrada para fazer a coleta”, explicou Lisieux.
Segundo ele, o custo não é tão exorbitante, fica em média em R$ 80 por mês. “E a Vigilância Sanitária cobra essa coleta dos medicamentos vencidos através do POP, que é o procedimento operacional padrão”. Para Lisieux, esse serviço pode ser ampliado para o resíduo infectante, embora ele reconheça que se tratando de clínicas odontológicas, há muitas que desconhecem como lidar com a mudança. “Para alguns seria mais simples descartar [o dejeto infectante] com o lixo comum. Aí sim teríamos um problema sério”, frisou.
O vereador também falou da necessidade da ampliação da coleta seletiva, que precisa ter o envolvimento de toda a comunidade, e de algumas iniciativas na área em Anápolis. “A Tetra Pak patrocina uma prensa na cidade para embalagens de leite longa vida e outros recipientes que se utilizam do mesmo material”, explicou Lisieux, ressaltando que a iniciativa atende à legislação que estabelece a obrigatoriedade da logística reversa.