Lélio Alvarenga critica valores que serão gastos com projeto ‘Natal de Coração’
O vereador Lélio Alvarenga (PSC) questionou na tribuna, na sessão desta quarta-feira (20.nov), os valores que serão gastos pela Prefeitura de Anápolis com o projeto ‘Natal de Coração’. Segundo ele, nada contra o evento em si, mas como representante eleito pelo povo para fiscalizar os gastos públicos, lhe chamou a atenção as planilhas de valores do projeto.
“O que vou dizer não é questão de oposição, não é questão de não gostar. Gosto de Natal e faço questão de sempre estar com minha família na data. Temos o programa ‘Natal de Coração’, instituído pela administração. Somos soldados do povo, operários do povo. Longe de falar de oposição, mas é preciso fazer a coisa com coerência. Hoje peguei um relatório e fiquei muito preocupado”, iniciou o vereador.
Por diversas vezes Lélio disse que não estava falando do evento, mas sim o que se gasta com ele. “Estamos correndo atrás de emendas, há filas enormes de pacientes necessitando de cirurgias eletivas de catarata e vesícula, não temos leitos de UTI. São tantas coisas necessárias e vamos gastar R$ 816 mil no ‘Natal de Coração. É preciso que a gente reflita o que é prioridade”.
Para o vereador, seria possível fazer o evento com R$ 200 mil. Ele relatou valores que constam na planilha do projeto e que, segundo ele, apresentaram valores “que assustam”. “Com trio elétrico em 25 dias vamos gastar com aluguel R$ 48.333,00. Gastar com o caminhão onde há as apresentações R$ 70 mil”.
Lélio disse acreditar que seria possível simplificar as coisas, relacionando mais gastos do projeto, como R$ 48 mil com aluguel do trenzinho da alegria, outros R$ 111 mil com balões de ar em formato de coração e R$ 24 mil com tendas. Apontou ainda R$ 14,3 mil com aluguel de cadeiras plásticas, R$ 36 mil com seis caixas de som, R$ 50 mil com um gerador de energia e R$ 58 mil com o totem de fotos.
“O projeto é interessante e bom, mas poderíamos fazer com menos. Amo natal, mas não dá para ficar calado diante desse relatório”, concluiu Lélio Alvarenga.