Landim critica cortes no Bolsa Família e diz que há pessoas passando necessidade em Anápolis
O vereador Alfredo Landim (PT) disse na tribuna, na sessão desta quarta-feira (19.fev), que os cortes do Bolsa Família promovidos pelo governo federal estão resultando no crescimento da extrema pobreza, e em Anápolis já há famílias passando necessidade.
Ele citou estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que trata dos reflexos dos cortes do programa de distribuição de renda. “Entre 2014 e 2018, a renda dos 5% mais pobres no Brasil caiu 39%. Nesse mesmo período, o país registrou um aumento de 67% na população que vive na extrema pobreza”, informou Landim.
Segundo o vereador, nos residenciais mais populares de Anápolis, mais de 50% das famílias que estavam inscritas no programa Bolsa Família perderam o benefício. “E o que vem acontecendo? Há o pedido de reingresso, mas 75% é barrado pelo governo Bolsonaro”, argumentou.
Alfredo Landim comentou que os cortes no programa vão de encontro a dados da FGV que mostram que a renda da parcela mais pobre da população caiu 35%. “Isso resultou em aumento de 67% da parcela da sociedade na extrema pobreza”.
“E enquanto nada é feito para melhorar a vida dessas pessoas, mais de R$ 600 milhões foram perdoados pelos bancos por parte do governo federal. Milhões foram perdoados de ruralistas”, completou o vereador.
Ele disse que conhece mais de 100 famílias que pediram reingresso no Bolsa Família, mas que não conseguem voltar ao programa, passando necessidade atualmente.
“A gente vê que o interesse de ajudar os mais necessitados é muito pouco. O governo atual não preocupa nenhum minuto com a classe trabalhadora”, discursou Landim.
Ele citou ainda a reforma trabalhista que prometia criar 6 milhões de empregos, mas o Brasil segue com 12 milhões de desempregados. Também foi feita a promessa de melhora com a reforma da Previdência, mas nada disso aconteceu. “O brasileiro ainda não descobriu o prejuízo que estão tendo [com essas mudanças]”.
O vereador ressaltou que espera que o governo federal comece a investir em obras, movimentando a economia e ajudando a gerar empregos. “Falo isso na tribuna porque conheço dezenas de famílias que estão passando fome. E se não tiver ajuda rápida, esse problema vai continuar aumentando”.