Lacerda diz que servidor não está satisfeito com a condução das negociações para a data-base
O vereador Luiz Lacerda (PT) falou sobre o acordo entre a Prefeitura de Anápolis e o Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino de Anápolis (Sinpma), em discurso na tribuna nesta quarta-feira (4.mar). Disse que resolveu se manifestar para “não dar a impressão que [a oposição] concordava com o líder do prefeito”.
“Quero dizer que uma coisa é o acordo que foi feito. Outra coisa é subir aqui para comemorar. O sindicato parte da premissa que é melhor um mau acordo do que uma boa briga, mas de forma alguma o servidor está satisfeito”, afirmou Lacerda.
Ele disse que desde o final do ano passado a oposição tem falado da necessidade em se debater a data-base, marcada para janeiro, inclusive por uma mudança solicitada pelo próprio prefeito, já que antes as negociações ocorriam em março. “E quando chegou em janeiro, quando o pessoal achava que já estaria na conta o reajuste, criou-se uma comissão para discutir. Veja como o assunto foi mal conduzido”, comentou o vereador.
Segundo Luiz Lacerda, a discussão ainda não está encerrada, pois o projeto de lei para reajuste dos professores ainda nem chegou à Câmara. Ele falou ainda que entende a dificuldade que passa o município, e que quando o PT esteve na gestão também enfrentou problemas, mas o ruim é mudar de opinião sobre o que é dito na campanha.
“O ruim é comparar o que se fala na campanha e o que se faz quando senta na cadeira. Disse que faria mais e melhor, que servidor seria prioridade, que é o coração da administração, que seria valorizado. Depois que senta [na cadeira], afirma que tem que ter cuidado, responsabilidade com a cidade, que recebeu o governo quebrado”, discursou Lacerda.
O vereador ressaltou que essa diferença do discurso de campanha e o discurso de eleito ocorre hoje em todos os níveis de governo. “O governo estadual prometeu valorizar o servidor, mas o que se vê é um desmonte geral da categoria, a culpando por todas as mazelas da gestão”.
Lacerda também cobrou a resolução da data-base dos servidores da administração centralizada. “Porque quando cobramos lá atrás, disseram para ficarmos tranquilos, que o reajuste seria retroativo. Agora nem sabemos disso. Temos que ser sinceros com o servidor”, finalizou.