José Fernandes defende sinergia de forças para agilizar fila de cirurgias cardiovasculares
O vereador deu um exemplo prático. Segundo ele, hoje é “dia cirúrgico” do médico Walter Vosgrau, cirurgião cardiovascular prestador desse serviço para a saúde pública municipal. Alguns entraves comuns no dia a dia da assistência médica vão impedir que os pacientes agendados sejam operados, mas, de acordo com José Fernandes, o médico não tem a autonomia de chamar outras pessoas que precisam do procedimento.
“Esse é o problema hoje. Doutor disponível, hospital disponível, mais de 100 pacientes na fila e não vai ter cirurgias. Ele [doutor Walter] me ligou e disse que infelizmente não tem o sangue para o paciente; o outro está com infecção e não tem condições clínicas de operar. São casos com múltiplos fatores. No caso do sangue, não tem doador para O positivo”, explicou José Fernandes.
O vereador disse que se o médico tivesse uma lista com cinco, dez pacientes, ele poderia chamar o outro em dias como esse, em que fatores impedem a cirurgia daqueles que estavam programados. “É uma engrenagem e se não funcionar direito, não vai dar certo. A ideia é formar uma força com objetivo em comum”, completou.
“O Ministério Público já foi notificado que há uma lista de pacientes a serem operados. Tive a iniciativa de marcar com assessores se eles têm noção que esses impasses irão acontecer. O que a prefeitura tem com o fato de não se ter sangue? O governo federal não sabe que o doente está com infecção. Mas o MP talvez não está sabendo. E se não tem condições hoje, chama outro. Hoje são 100 cirurgias e o profissional está parado, vai tomar caldo de cana hoje de manhã. Temos que otimizar”, disse José Fernandes.
O vereador citou outro caso: o médico Walter Vosgrau atendeu um paciente com doença multiarterial, com risco de enfarto, que poderia ser operado, mas terá que aguardar. “Ou seja, ele saiu da presença do cirurgião, e pode enfartar. Não há inimigo A ou B a ser combatido. Não há politicagem, o objetivo é cuidar do cidadão”.