João Feitosa diz que Enel abriu mão de técnicos qualificados e não vem honrando compromissos
O vereador João Feitosa (PTB) disse na tribuna, na sessão desta terça-feira (3.dez), que está descrente em relação a atuação da Enel em Goiás, pois a companhia abriu mão de quadros técnicos qualificados da antiga Celg e não consegue honrar compromissos básicos, como é o caso do Jardim Luzitano, em Anápolis.
Depois de 56 anos de espera, o setor iria finalmente receber energia elétrica. João Feitosa contou que todo o suporte da Prefeitura de Anápolis para a obra foi dado, o serviço começou em um bom ritmo, mas há 10 dias a empresa contratada pela Enel abandonou o local, levando inclusive os 17 transformadores que estavam guardados para serem instalados nos postes. “Sumiram e a gente não sabe se vão voltar”, resumiu.
O vereador contou que solicitou reunião da diretoria da Enel no gabinete do prefeito Roberto Naves (PP) ainda nessa semana, para que as autoridades locais possam cobrar uma solução da companhia. Ele lembrou que no caso do Jardim Luzitano, 95% dos postes e cabeamento já estão instalados, mas a obra não é concluída, embora já se passaram dois anos do seu início.
João Feitosa salientou que entende a posição da Enel, sabe do que ela tem feito em Anápolis, como a construção de uma nova subestação, mas que a situação da empresa tem ficado difícil em Goiás. O vereador citou as quedas de energia nos distritos que chegam a durar 24 horas.
“Implantam postes, fazem uma nova subestação, mas precisam de profissionais de qualidade. Na época que a gente trabalhava lá [na Celg], tínhamos profissionais para atender o sistema elétrico”, comentou.
João Feitosa ressaltou que trabalhou muito para a Celg não fosse privatizada e que o plantão operacional não fosse retirado de Anápolis, porque sabia o que aconteceria com a concretização das duas ações. “Mas quando se trata de privatização, a força é maior”.
Ele citou que na época o então governador Alcides Rodrigues tinha conseguido R$ 1,9 bilhão da Caixa Econômica Federal para investimentos na Celg, mas veio outro governo e derrubou tudo isso, vendendo a companhia por R$ 2,3 bilhões.
“Existe uma bancada de Goiás em Brasília tentando voltar a Celg para a Eletrobras, retomando a concessão via Celg GT. Acredito que como A Enel não está dando conta de atender, principalmente as situações emergenciais, vai perder a concessão”, comentou João Feitosa.