João da Luz diz que Santa Casa não procurou Câmara antes de suspender parte dos atendimentos no pronto-socorro
O vereador lamentou que a Câmara Municipal não foi procurada pela direção da unidade hospitalar antes de a decisão ser tomada.
Na tribuna o vereador do DEM inclusive perguntou aos colegas presentes no plenário se algum deles sabiam dessa decisão antes que parte dos serviços fossem interrompidos. Nenhum parlamentar se manifestou com a resposta positiva.
"Atualmente a Santa Casa atende no Pronto Socorro pelo SUS apenas os serviços de oncologia e obstetrícia. Uma perda muito grande para Anápolis e cidades vizinhas que tinham o hospital como referência de atendimento público", lamentou João da Luz.
João da Luz diz que "um dos meus grandes pleitos no momento é ver todos os serviços oferecidos pelo Pronto Socorro da Santa Casa reativados". Nesse sentido o vereador acrescentou que, ao tomar a decisão, a diretoria do hospital abriu mão de R$ 200 mil mensais de verba destinada pelo Governo Federal para custear o atendimento no PS.
"É preciso entender que temos uma nova legislatura. Novos vereadores e nenhum de nós fomos procurados com antecedência para interceder na situação e tentar ajudar de alguma maneira, buscar parcerias. Eu recebi críticas em minhas redes sociais por isso", frisou.
João da Luz frisou que a função do vereador, de fato, é defender os interesses públicos, trabalhar pela população vulnerável que precisa do suporte do SUS. "Agora fica mais difícil buscar alternativas para resolver a situação. Mas esse pleito em relação a Santa Casa, vou tentar de alguma maneira buscar ajuda", reafirmou.
Ainda em seu pronunciamento, o vereador do DEM disse que após a interrupção de parte os serviços no PS da unidade, ele participou de uma reunião com o diretor da Santa Casa e com a presença de integrantes da Comissão de Saúde da Câmara Municipal.
"Foi ai que soube que a Santa Casa recebe mensalmente R$ 200 mil para o Pronto Socorro. Mas os atendimentos que eram realizados na unidade custavam, em média, de R$ 500 mil a R$ 600 mil. Então mensalmente o déficit era de cerca de R$ 400. Decidiu-se pela interrupção parcial nos atendimentos, o que significou que, ao lugar de buscar respaldo, abriram mão de R$ 200 mil para saúde pública local", disse.
João da Luz acredita que a decisão da diretoria do hospital reflete na estratégia de pleitear aporte financeiro do Estado e do Município. "Mas com o serviço já suspenso fica mais difícil conseguir reverter a situação. Não podemos abrir mão da Santa Casa. Podemos entrar na batalha pela destinação de recursos, mas a estratégia de abrir mão da verba federal não foi boa", opinou.
E novamente o vereador declarou que "continuo defendendo que o apoio da Câmara deveria ser buscado antes da interrupção do serviço", finalizou.