João da Luz destaca instalação de CPI na Assembleia Legislativa para investigar privatização da Celg
João da Luz destaca instalação de CPI na Assembleia Legislativa para investigar privatização da Celg (Foto: Geraldo Fleury)
O vereador João da Luz (PHS) repercutiu na tribuna, nesta quarta-feira (13.mar), a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Goiás para investigar a privatização da Celg, e verificar as obrigações firmadas pela compradora da estatal, a italiana Enel.
Servidor de carreira da Celg, João lembrou que fazia parte do Stiueg (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás) na época dos debates visando a privatização e se mostrou contrário ao ato.
Com a venda da estatal, o vereador acredita que muita coisa precisa ser apurada pela CPI. A primeira delas diz respeito ao montante apurado, de R$ 2,15 bilhões, enquanto uma avaliação informava que a Celg valia R$ 10 bilhões.
João da Luz também falou sobre o incentivo dado pela Enel, abrindo mão de receita que deveria ser utilizada para melhorar a vida do goiano. “A renúncia de 1/3 de ICMS para a empresa foi dada por décadas”, salientou.
Outro ponto levantado pelo vereador diz respeito à quebra de compromisso com os antigos servidores de carreira da Celg. Muitos foram demitidos. “Havia 2 mil funcionários qualificados e hoje a Enel não tem mais que 800 pessoas trabalhando”, comentou João da Luz.
Para ele, a CPI também precisa saber dos investimentos feitos pela Enel até agora em Goiás. A empresa disse que foram R$ 700 milhões em 2017 e R$ 800 milhões em 2018, mas não foi informado onde estão as melhorias.
“No ranking da Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], a Celg havia ficado em penúltimo no Brasil em termos de qualidade no serviço oferecido. Mais recentemente, a Enel Goiás foi classificada em último lugar”, ressaltou João da Luz.
Enquanto isso, completou o vereador, a conta de energia elétrica em Goiás subiu 15% para o consumidor residencial e 26% para o consumidor industrial.