João da Luz defende gratificação para coordenadores pedagógicos da rede municipal
O vereador João da Luz (PHS) usou a tribuna, na sessão desta terça-feira (12.set), para falar sobre o anúncio do fim da gratificação de regência para coordenadores pedagógicos. Esses profissionais recebem adicional de 10% ou 20% sobre o valor de seus salários, de um abono voltado para o docente em sala de aula. O argumento da categoria é de que eles merecem a gratificação, pois lidam com alunos o tempo todo e cobrem eventuais ausências de professores no dia a dia da escola.
João disse que tem sido “bombardeado” por alguns professores e coordenadores, que pediram a sua interferência nesse processo. O vereador afirmou que ficou feliz com as explicações do líder do prefeito, Jakson Charles (PSB), que explicou que a gratificação continuará sendo dada aos coordenadores, mas com uma mudança de nomenclatura no contracheque, em cumprimento com a legislação. “É isso que esperamos”, completou João da Luz.
O vereador do PHS leu na tribuna a seguinte mensagem de um coordenador pedagógico da Prefeitura de Anápolis:
“A retirada desses 10% não se faz justa. Além de ser uma vitória conquistada com a luta do sindicato, tornou-se um direito desses profissionais, pois todos trabalham com alunos o tempo todo. A questão não se resume a educação somente na sala de aula, e sim em todos os espaços dos Cmeis, Ceis e escolas municipais. Tirar essa gratificação de regência significa que coordenadores técnicos e pedagógicos não tem que entrar na sala de aula na falta de um professor, e sim liberar os alunos para casa, pois eles não são gratificados para realizar um serviço que não é deles. Esses profissionais têm muitas atribuições dentro da unidade e estar em sala de aula, substituindo o professor que faltou, faz com que ele atrase todo o seu serviço programado. Daí a importância da gratificação de regência”.
João da Luz comentou que em algumas escolas, em um mesmo dia, chegam a faltar três professores e cabe ao coordenador manter o aluno em sala de aula, recebendo o conteúdo programado, para que não haja prejuízo em seu ensino. “O maior prejudicado será o aluno, já que o coordenador não vai poder substituir o professor”, disse o vereador, lembrando que os docentes são profissionais como outros, humanos, que precisam em determinados momentos se ausentarem para lidar com a saúde ou outros assuntos pessoais.
João ressaltou que o coordenador pedagógico é um coringa dentro da escola, que “segura as pontas” em todos os momentos. “Acho que ao invés de mandar uma notícia dessas [do fim da gratificação], deveria ter adequado essa forma de gratificação dos coordenadores, para não gerar essa polêmica toda”, disse o vereador.
O vereador comentou que tem certeza que o prefeito Roberto Naves (PTB) é legalista e que cumpre as leis, e que conta com a Câmara Municipal para regulamentar a situação, votando mudança na legislação. “Poderia ter encaminhado para cá para resolver essa situação, colocando um ponto final no assunto”.