João da Luz defende adiamento de ato pró-Bolsonaro para evitar propagação do coronavírus

por marcos — publicado 11/03/2020 15h22, última modificação 11/03/2020 15h22
João da Luz defende adiamento de ato pró-Bolsonaro para evitar propagação do coronavírus

Vereador João da Luz, do Podemos (Foto: Ismael Vieira)

Em discurso na tribuna na sessão desta quarta-feira (11.mar), o vereador João da Luz (PODE) aconselhou as pessoas a ficarem em casa no próximo domingo (15.mar), deixando a manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para outro momento, devido ao risco da aglomeração beneficiar a propagação do novo coronavírus.

“Não faço campanha contra o ato ou contra o Bolsonaro. Estou preocupado como todos estão com a circulação desse vírus no país”, disse João da Luz.

O vereador reconheceu que é um assunto polêmico, mas que ele precisava fazer coro ao colega Domingos Paula (PV), que deu o mesmo aconselhamento à população na sessão de terça-feira (11.mar).

“Fizemos a discussão sobre a movimentação do dia 15. Já foram confirmados 31 casos no Brasil. A Itália ignorou o perigo que estava correndo e temos 300 mortos e 7 mil casos confirmados naquele país”.

João da Luz falou ainda sobre a governabilidade, um dos motivos dos atos do próximo dia 15. Segundo ele, o presidente da República agiu com maestria na aprovação da reforma previdenciária, que estava há 40 anos no Congresso Nacional.

Nesse momento atual, prosseguiu o vereador, Bolsonaro precisa buscar a governabilidade a partir de emendas para deputados e senadores. “Dou o exemplo de Anápolis, onde o prefeito Roberto Naves aprovou emenda impositiva. São R$ 160 mil para cada vereador, que destinou esse dinheiro para a região que ele mais acreditava que precisava, carreando mérito”.

João da Luz prosseguiu. “O que o presidente precisa fazer? Deputados e senadores querem a aprovação de emenda impositiva também. Porque se não levam benefícios [às suas regiões], como cada um poderá voltar e pedir voto? Tem que distribuir essa emenda e ganhar o Congresso Nacional. Sei que essa questão de fisiologismo, de troca de cargos, isso já era. Quem quer isso perde espaço no meio político. Agora governabilidade se consegue de várias formas e a emenda é uma delas”, concluiu o vereador.

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