Jean Carlos ressalta que falta de água prejudica cadeias produtivas e gera perdas na economia
Segundo o vereador Jean Carlos (PTB), a falta de água em Anápolis afeta não só a população, mas diferentes cadeias produtivas. Em discurso na tribuna, nesta quarta-feira (9.out), ele citou o caso de feirantes, que também estão tendo prejuízos com o desabastecimento, semelhante ao que ocorre com produtores da bacia do Piancó.
Jean ressaltou que o problema afeta a economia anapolina de uma modo geral, já que produção de hortifrútis é importante na cidade. “Cerca de 24% do que é vendido no Ceasa de Goiânia vem dos nossos produtores”, completou.
O vereador disse que há rigor para punir produtores rurais no uso da água de mananciais, mas essa intensidade não é observada quando se fala nas falhas da Saneago. “Fiscalização da AGR praticamente não existe”.
“Precisamos unir forças para definitivamente fazer algo concreto. O vereador Pastor Elias tomou atitude importante, marcou uma audiência, eles [Saneago] não vieram. Temos que ver algo concreto porque não dá mais”, discursou Jean Carlos.
Para ele, Anápolis vive uma situação assustadora, pois não pode crescer no seu lado oeste, já que existe a APA do João Leite, falta água no Piancó e a baixa vazão do Ribeirão Caldas prejudica as indústrias do Daia, já que a estação de tratamento do distrito precisa servir também 47 bairros.
Ao apontar falhas também na prestação de serviço da Enel, Jean Carlos questionou a eficácia da privatização de alguns serviços essenciais à população e fez críticas àqueles que defendem o estado mínimo a todo custo.
“Privatizar nem sempre é a saída. A bandeira nacional hoje é diminuir o estado, mas estão aí nossas estradas, o pedágio não trouxe resultado para o cidadão”, explicou. Além disso, ele falou sobre o fato de que essas empresas que entram no serviço público acabam recebendo muito dinheiro, o que faz com que a tarifa para o cidadão fique alta.
Jean também fez críticas à declaração do governador quanto a uma possível privatização da água em Anápolis. “Governador disse que se puder municipalizar, ele aceita. É fácil jogar a bola para a prefeitura, porque ele sabe que a cidade não tem condições agora de fazer isso. Mas é bom lembrar que a Saneago leva R$ 15 milhões por mês dos anapolinos”.