Jean Carlos questiona decreto que suspende aporte mensal do município para complementar folha do ISSA
Jean Carlos questiona decreto que suspende aporte mensal do município para complementar folha do ISSA
Na sessão ordinária desta segunda-feira (6.nov), na tribuna, o vereador Jean Carlos (União Brasil) questionou o Decreto n. 49.565, de 1º de novembro de 2021, publicado pelo prefeito municipal, que alterou a forma de repasse de recursos do município para o Instituto de Seguridade Social dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais (ISSA).
Jean Carlos explicou que o Decreto suspende o aporte que serve para equacionar o financiamento da previdência municipal. Segundo ele, o déficit do Isso surgiu ainda na criação da antiga Anaprev e em função de legislação federal. Muitos servidores que antes não contribuíam ao sistema, tiveram o direito de se aposentar e a perceber os vencimentos.
O regime próprio da previdência municipal, segundo Jean Carlos, conta atualmente com 3,3 mil aposentados e pensionistas. Além de 6,9 mil servidores que estão na ativa e vão precisar do Issa no futuro. O vereador lembrou que entre as várias situações que geraram o déficit foi a reforma previdenciária, que passou a cobrar de quem já está aposentado e aumentou a alíquota de contribuição de 7 para 14%.
Desde 2021, disse Jean Carlos, um Decreto do município garantia o aporte de R$ 3,5 milhões ao Issa por mês. E este repasse impacta de forma significativa para reduzir o déficit, projetado para os próximos 35 anos. Que segundo o Issa, lembrou Jean Carlos, foi reduzido de R$ 7 bilhões para R$ 500 milhões.
A folha do Issa, disse o vereador, é de aproximadamente R$ 20 milhões. A arrecadação é de R$ 16 milhões, e os R$ 3,5 milhões de repasse do município complementam a folha. E, segundo o Decreto, o município vai continuar a realizar a complementação. “Assim acreditamos que o novo Decreto é desnecessário. Apenas gera impacto e susto”, disse.
Uma preocupação demonstrada pelo vereador Jean Carlos se refere à Certidão de Regularidade Previdenciária (CRP). Segundo ele, a alteração no sistema de repasses, feita por Decreto, deveria, por força de lei, ter passado pela análise do Conselho Municipal de Previdência, o que não ocorreu.
Jean Carlos alertou que esse fator pode ser questionado na Secretaria Nacional de Previdência Social (SNPS), sob risco de positivar o município. Caso isso ocorra, lembra o vereador, o município pode ser prejudicado em relação à CRP, o que, segundo ele, significaria problemas em repasses de recursos de emendas, entre outros.
(Foto – Ismael Vieira / Diretoria de Comunicação e TV Câmara)