Ideologia de gênero na Base Comum Curricular provoca debates calorosos em audiência pública da Câmara, por iniciativa do vereador Lélio Alvarenga
Ideologia de gênero na Base Comum Curricular provoca debates calorosos em audiência pública da Câmara, por iniciativa do vereador Lélio Alvarenga
A Câmara Municipal de Anápolis realizou uma das mais participativas e polêmicas audiências públicas deste ano. Na noite de quinta-feira (7.dez), no Plenário Teotônio Vilela, centenas de pessoas participaram da discussão geral sobre a indevida inclusão da ideologia de gênero na Base Comum Curricular. A iniciativa do vereador Lélio Alvarenga (PSC).
Na ocasião estiveram presentes os vereadores, Américo Ferreira (PSDB), Telles Junior (PMN) e Fernando Paiva (PTN); o secretário de Defesa do Consumidor, Valeriano de Abreu; o presidente da Assembleia de Deus Madureira pastor Bertiê Adais Magalhães; padre Fábio Barbosa; Padre Anevair José da Silva; Padre Walter Matheus Trautenberger e a drª. Danielli Pereira Nava (OAB).
A audiência pública recebeu autoridades eclesiásticas além de inúmeros manifestantes, a grande maioria contrária a inclusão da ideologia de gênero que, por eles, é vista como a desconstrução da normalidade da família natural com o agravante na educação. Ou seja, entendem que não cabe à escola interferir na questão da formação da opção sexual e que esses assuntos não devem ser apresentados a criança tão cedo, para não despertar precocidade na sexualidade sobre identidade de gênero.
Em resumo, a ideologia de gênero estabelece uma diferença entre o sexo biológico e o gênero psicológico, explicando as diferentes opções sexuais – ou gêneros. O gênero, que define o comportamento sexual e social do ser humano, é formado pela interação entre o indivíduo e o ambiente cultural no qual ele está inserido, enquanto o sexo é biologicamente determinado.
Lélio Alvarenga disse que acredita na família e que levanta essa bandeira pelas pessoas de bem, “não podemos jamais permitir que venham desvirtuar nossas crianças, discutimos hoje a inclusão dela na rede básica de ensino, é inconcebível imaginar que uma criança possa receber informações tão profundas e impróprias para a idade”. Segundo ele, a luta é para tirar em definitivo esse artigo da Ideologia de Gênero na Base Comum Curricular.
O Professor Orley da Silva esclareceu que essa ideologia vai atender todos os alunos, crianças que têm de 0 a 14 anos. A proposta, disse ele, é a desconstrução da normalidade de ser homem e ser mulher. “Ao ser aplicada essa ideologia nas salas de aula, nas creches, estaremos treinando, formando culturalmente as mesmas para que elas tenham dissolvidos dentro do seu arcabouço cultural a normalidade de ser homem e ser mulher”.
Segundo Orley da Silva, o argumento que a ideologia de gênero usa é que, ao ensinar esse conteúdo na escola é para combater o preconceito contra os homossexuais, transexuais e lésbicas, não se confirma, não é verdadeiro. “É um trabalho ostensivo, prescritivo direcionado para educação completa das crianças. Essa audiência pública é muito importante é a prova de que o Brasileiro acordou”, concluiu.
Valeriano Abreu explicou quão necessário é lutar contra a inclusão indevida de gênero. “Essa audiência é de extrema importância, pois tem como objetivo, evitar que a ideologia de gênero seja incluída na base nacional comum curricular, nós não queremos que nossas crianças sejam corrompidas, não queremos que elas cresçam sem identidade, sem aquilo que não é passível de escolha, por esse motivo, nós defendemos que em relação a educação dos filhos, os pais sejam responsáveis e não a escola. Esse é o momento de pressionar as autoridades inclusive de âmbito nacional. O município de Anápolis cumpre sua parte e deseja que os outros municípios também cumpram, para que essa ideologia, a ‘ideologia da loucura’ não seja incluída na base nacional comum curricular”, encerrou.
Ao final da audiência, Lélio Alvarenga informou aos presentes sobre os encaminhamentos práticos que seriam tirados do debate. Segundo ele, vai apresentar Moção de Repúdio à inclusão da ideologia de gênero na Base Comum Curricular, documento que será encaminhado à Câmara Federal, ao Senado e ao Ministério da Educação. O vereador incentivou ainda mais apoio da comunidade ao abaixo assinado que circula pelas igrejas, católicas e evangélicas, e pelos segmentos da sociedade, manifestando-se contra a inclusão da ideologia de gênero.