Gomide fala dos 2 anos de Temer na presidência: “grupo que articulou golpe não tem credibilidade”

por marcos — publicado 15/05/2018 16h20, última modificação 15/05/2018 16h59

O vereador Antônio Gomide (PT) falou na tribuna, nesta terça-feira (15.mai), sobre os dois anos do governo do presidente Michel Temer (MDB), segundo ele fruto de um golpe parlamentar cujos principais protagonistas não conseguiram apoio popular mesmo tomando o poder.

“Hoje o grupo que articulou o golpe não tem credibilidade. O melhor posicionado nas pesquisas tem 4%. Michel Temer tem 1%, já Henrique Meireles tem 0,5%. O senador Aécio Neves não consegue nem colocar seu nome como candidato à reeleição por Minas Gerais”, discursou o petista.

Gomide disse que os articuladores do impeachment de Dilma Rousseff (PT) venderam um projeto de melhoria do país como um produto, apoiado pela grande imprensa – Rede Globo, Folha de S. Paulo e Veja – mas nada de fato aconteceu com a entrada de Michel Temer.

O vereador citou a rejeição do presidente, de 72%, a mais alta desde a Ditadura Militar, e as perdas de direitos dos trabalhadores através da aprovação de uma reforma que resultou no fechamento de empregos com carteira assinada no País. “Não se tem nada para comemorar”, resumiu Gomide, citando uma celebração realizada por Temer e seus ministros, em Brasília, totalmente alheia ao sentimento popular.

Antônio Gomide também fez críticas ao governo estadual, que segundo ele após 20 anos no poder tem usado da mídia para fazer campanha eleitoral antecipada neste momento. “Será que o povo goiano tem algo a comemorar?”, argumentou. O vereador disse que enquanto Anápolis avançou construindo escolas e creches nos últimos anos, o atual governo nada fez na área para a população anapolina.

Para Gomide, a gestão municipal não pode incorrer nesta mesma prática. “Não podemos não ter o Dia D de vacinação porque não temos geladeiras para armazenamento das doses nas unidades de saúde”. O vereador completou: “é preciso fazer gestão”.

Segundo o petista, a administração é feita por quem ganhou a eleição. “Não se transfere essa missão ao secretário, pois assim o agente político incorre num grande erro, já que o secretário quer dar resultado para o chefe dele, ele é um técnico, ele não ouve a vontade da população”.

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