Gomide diz que limite prudencial não é desculpa para negar reajuste de professores
O vereador Antônio Gomide (PT), lamentou na tribuna do plenário, durante a sessão ordinária desta terça-feira (8,mai) que professores e o prefeito Roberto Naves (PTB), realizaram uma nova conversa que terminou sem acordo entre as partes.
“O encontro aconteceu ontem na Prefeitura. Os professores saíram da mesma forma que chegaram, sem propostas novas”, disse o petista.
Gomide afirmou que a pauta de reivindicação da categoria é justa e vai além da reposição salarial. “Claro que o reajuste se destaca, porque tem peso maior no final do mês, mas os professores pedem valorização profissional, garantia das progressões (vertical e horizontal), realização de concurso público, pagamento das dobras no mês trabalhado, além das gratificações”, listou.
O vereador lembrou que há um mês ele usou a tribuna para repercutir sobre o corte das dobras no mês trabalhado, e segundo ele, logo depois o prefeito foi até a imprensa dizer que para resolver a situação sua equipe iria realizar concurso público.
“Até agora não foi publicado edital, e nem está sendo cogitado, compromete o que ele diz”, destacou o parlamentar acrescentando que “quando o projeto de reajuste salarial da categoria chegou até a Câmara, os parlamentares aprovaram acreditando que em abril, o prefeito enviaria a outra proposta para complementar a reposição até chegar aos 6%”.
Gomide continuou seu pronunciamento dizendo que a educação foi um dos setores que mais avançou em Anápolis nos últimos dez anos, e que hoje é modelo em Goiás. “Os professores não querem retroagir, por isso não pretendem ceder para não perder a qualidade do ensino”, comentou.
O petista reafirmou que não concorda com a paralisação, mas a greve indica que os professores chegaram ao limite. “O argumento do limite prudencial não é aceito. O secretário da Fazenda precisa ajudar o prefeito a tomar decisões que não sejam políticas”, pontuou.
Por fim, o vereador destacou que se no ano passado, o prefeito tinha atingido 61% do limite prudencial e mesmo assim deu 7,64% de reajuste de uma vez só, “esse ano com 54% do limite diz que ele não pode conceder a correção”, concluiu.