Gomide diz que enquanto Estado não agir, Câmara vai seguir lamentando violência crescente

por marcos — publicado 05/06/2017 15h47, última modificação 05/06/2017 15h47

O vereador Antônio Gomide (PT) também falou na tribuna, nesta segunda-feira (5.jun), sobre reunião em Anápolis, realizada na semana passada, que contou com o secretário estadual de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, as cúpulas da Polícia Militar e Civil, o prefeito Roberto Naves (PTB) e membros do Judiciário e do Legislativo. “Infelizmente, aquilo que pudesse surtir efeito, não aconteceu”, comentou o vereador.

Segundo Gomide, a Câmara Municipal vem lamentando mortes violentas desde o dia 1º de janeiro, mas os problemas não param de aparecer. “Depois lamentamos os mais de 500 presos enviados para cá sem comunicação, invadindo o nosso presídio, cujo terreno foi doado pela prefeitura para a construção”, prosseguiu o vereador.

Ainda sobre a transferência dos detentos da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), de Aparecida de Goiânia, para Anápolis, no final de fevereiro, o vereador do PT contou que o prazo para retorno seria agosto, mas já houve uma prorrogação. “E a reunião não conseguiu um revés quanto a isso”, lamentou.

Antônio Gomide ressaltou também que o mais recente lamento se referia à morte de um funcionário público municipal no exercício do trabalho. Os vigilantes Celso Roberto Tavares, de 34 anos, e Joel Pereira Dutra, de 75, foram encontrados mortos no dia 31 de maio, na sede do Juizado da Infância e Juventude. Joel era servidor da Prefeitura de Anápolis e estava cedido ao Poder Judiciário.

Gomide disse que ao fazer uma reunião, era de se esperar notícias boas, pois as ruins são lamentadas diariamente no plenário da Câmara Municipal, mas nada aconteceu.

O vereador criticou ainda o fato de a Companhia de Policiamento Especializado (CPE) passar a ocupar um prédio onde hoje funciona um centro cultural no Conjunto Filostro Machado. Para Gomide, o governo estadual possui recursos suficientes para alugar outro imóvel ou mesmo construir uma sede para a CPE, sem precisar desalojar um projeto importante para a região.

“O Filostro precisa de escola, precisa de um ensino médio há 15 anos. Que o governo estadual alugue um imóvel, pois ele possui capacidade para isso”, concluiu Antônio Gomide.

registrado em: ,