Elinner explica projetos que limitam gradativamente o uso de sacolas, sacos e canudos plásticos em Anápolis

por marcos — publicado 14/08/2019 14h30, última modificação 14/08/2019 14h30
Elinner explica projetos que limitam gradativamente o uso de sacolas, sacos e canudos plásticos em Anápolis

Vereadora Elinner Rosa (Foto: Ismael Vieira)

A vereadora Elinner Rosa (MDB) fez uma defesa na tribuna, nesta quarta-feira (14.ago) de dois projetos de lei de sua autoria que limitam o uso de produtos plásticos descartáveis em Anápolis.

Ambos são relacionados aos estabelecimentos comerciais da cidade. O primeiro deles diz respeito às sacolas e sacos plásticos. O outro se trata da limitação gradativa do uso de canudos e copos descartáveis que não sejam fabricados em material biodegradável e reciclável.

“Hoje ouso discursar nesta tribuna sobre um assunto que muitos preferem ignorar, e outros negligenciam a importância de sua abordagem: o plástico”, iniciou Elinner, citando dado do Ministério do Meio Ambiente, de que cerca de 1,5 milhão de sacolinhas são distribuídas por hora no Brasil.

A vereadora pediu aos colegas que pensem no dano que essa “descomunal” quantidade de sacolas provoca na natureza. Ela citou a solução encontrada por outros países, como a Irlanda, que instituiu cobrança pelas sacolas, reduzindo seu consumo em 97%. “A China foi mais rígida, proibiu o uso a partir de 200”.

Elinner frisou que o problema do plástico não está relacionado apenas ao seu descarte incorreto, pois seus efeitos negativos começam já na extração da matéria-prima e no processo de produção.

A vereadora trouxe dado de que 34% do impacto do plástico no meio ambiente está relacionado à indústria de alimentos, portanto o canudo também precisa entrar no debate. Para ela, a edição de leis sobre o tema tem “função educativa, sancionatória e provoca reflexões sobre a situação em âmbito regional”.

Elinner informou que as leis propostas por ela determinam a substituição gradativa de sacolas e canudos plásticos por material biodegradável, no percentual de 10% em 2021, chegando à totalidade em 2025.

“A mudança implantada paulatinamente darão tempo hábil ao comércio e indústria de se prepararem, evitando problemas econômicos e, por outro ângulo, fomentando o desenvolvimento sustentável de Anápolis”, discursou. A mudança gradativa também daria tempo à população se conscientizar e mudar seus hábitos.

Para Elinner, é preciso ter coragem “pelo bem do nosso futuro e das próximas gerações”. Ela comentou que os projetos não foram inventados, mas são frutos de estudos e consultas, inclusive de comissão do meio ambiente da Fieg (Federação das Indústrias do Estado de Goiás).

Ela citou que proposituras semelhantes estão em tramitação no Senado. Além disso, há 52 municípios que já possuem a lei, outros 28 estão debatendo as mudanças no Legislativo e outros 20 aguardam a sanção do Executivo.

Elinner Rosa citou em seu discurso a ativista Greta Thunberg, de 15 anos, em discurso na ONU: “você nunca é pequeno demais para fazer a diferença” e “imagine o que nós poderíamos fazer juntos se realmente quiséssemos”.

Os dois projetos foram aprovados em plenário. Na próxima semana serão votados em segundo turno e seguem para sanção do Executivo.

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