Dra. Trícia Barreto diz que médicos não são contra bater ponto, mas que reação é por melhor estrutura de trabalho

por Orisvaldo Pires publicado 29/09/2021 16h54, última modificação 29/09/2021 16h54
A vereadora Dra. Trícia Barreto (MDB) disse, na sessão ordinária desta quarta-feira (29.set), que os profissionais médicos que prestam serviço ao SUS no município não tem resistência em bater ponto. Segundo ela o concurso público previa essa exigência e que é concursada desde 2012. “Nós médicos não batíamos ponto devido um acordo feito com a gestão anterior, de que o trabalho seria por produtividade, cada médico atenderia 35 pacientes diariamente”, lembrou.
Dra. Trícia Barreto diz que médicos não são contra bater ponto, mas que reação é por melhor estrutura de trabalho

Dra. Trícia Barreto diz que médicos não são contra bater ponto, mas que reação é por melhor estrutura de trabalho

Dra. Trícia Barreto esclareceu que, na verdade, a preocupação é com problemas nas condições de trabalho e por salários mais dignos.  “Não é batendo ponto que resolveremos o problema da população. No Cais do Jardim Calixto, por exemplo, onde presto serviço, se colocar todo o efetivo, não consegue atender. Não tem consultório suficiente”, alertou.

Outra preocupação manifestada pela vereadora se refere ao atendimento de pacientes que buscam a implantação do Dispositivo Intrauterino (DIU). Segundo ela, é a única médica que atua pelo SUS na implantação de DIU em Anápolis. “Não há consultório adequado para este atendimento. É obrigatório, norma da Vigilância Sanitária, que o consultório, para este atendimento, seja dotado de banheiro. Não tem. A sala é minúscula, sem ventilação, sem banheiro”, informou.

Por fim Dra. Trícia Barreto disse que não está no SUS “por causa de dinheiro, o salário é ínfimo, mas isso não atrapalha a gente”. Segundo ela, a exigência das vinte horas se trabalho semanais, aferidas por ponto, “deve vir acompanhada dos direitos do médico e do paciente”. E alertou que falta condição de atendimento. “Não nos negamos a bater ponto. A luta é por dignidade no trabalho. Uma exoneração em massa seria muito prejudicial. Isso não é uma ameaça”, concluiu.

(Foto: Ismael Vieira / Diretoria de Comunicação e TV Câmara)