Comissão do Servidor debate mudança de horário de trabalho dos vigias de escolas
A Comissão do Direito do Servidor Público e Trabalho da Câmara de Anápolis, reunida na manhã desta quarta-feira (27.jan), definiu por solicitar à Secretaria Municipal de Educação a suspensão da decisão em remanejar do período noturno para o diurno o trabalho de vigias das escolas municipais.
A reunião da comissão teve a presença do presidente, vereador Jean Carlos (DEM); do vice-presidente, vereador Policial Federal Suender (PSL); e os membros, vereadores Divininho do Sindicato (SD) e Professor Marcos (PT).
O debate dos vereadores na comissão, sobre o assunto, foi motivado por um comunicado da Secretaria Municipal de Educação, encaminhado aos gestores das escolas, para que, a partir de 25 de janeiro de 2021, todos os vigias que estejam trabalhando à noite, sejam transferidos para o período diurno, na mesma unidade escolar.
Segundo justificativas da secretaria a readequação de horário de trabalho é para suprir déficit de 53 vigias diurnos nas escolas, considera que o vigia garante uma maior segurança aos servidores e alunos durante o período diurno e que o trabalho noturno do vigia desarmado coloca em risco sua vida.
Divininho do Sindicato ponderou que a função do vigia é a proteção patrimonial e que nem todos estão preparados tecnicamente para garantir a segurança de alunos e professores.
O diálogo, afirma o Professor Marcos, é a primeira providência a ser adotada neste caso. Segundo ele é plausível o interessa da gestão municipal em redistribuir os vigias, mas que é preciso “fazer valer o direito do servidor público, que é concursado, tem uma carreira, uma vida estabilizada”.
O Policial Federal Suender lembrou que teve conversa preliminar com os vigias e destacou a importância do projeto de implantação da Guarda Municipal. “Além da guarda, temos que rediscutir a carreira dos vigias. É preciso que seja definida uma identidade municipal de segurança pública”, disse.
As demandas e necessidades da administração, afirma Jean Carlos, são reconhecidas, mas entende que a mudança deve ser melhor discutida. “Solicitamos à Secretaria de Educação a suspensão da readequação do horário de trabalho dos vigias, até que façamos a mediação do diálogo com a participação da administração municipal, os gestores, os vigias e a Comissão do Servidor da Câmara, para que haja uma saída viável para a questão”, ressaltou.