Comissão de Saúde recebe diretor-geral da Santa Casa de Misericórdia de Anápolis
A Comissão de Saúde, Saneamento e Assistência Social recebeu na manhã desta quinta-feira (22.jul) o diretor-geral da Santa Casa de Misericórdia de Anápolis, padre Clayton Bergamo, e o diretor de Assistência Júlio César Gomes, para tratar do fechamento do pronto-socorro da unidade para pacientes do SUS.
Desde o dia 1º de julho que a Santa Casa, que é uma instituição filantrópica mantida pela Fundação de Assistência Social de Anápolis (Fasa), só atende emergências nas áreas de obstetrícia e oncologia.
A reunião na Câmara foi comandada pela presidente da Comissão de Saúde, Dra. Trícia Barreto (MDB), com as presenças dos membros titulares do colegiado João da Luz (DEM) e Cleide Hilário (Republicanos), além dos vereadores Professor Marcos Carvalho (PT) e Seliane da SOS (MDB).
“Pedimos essa reunião para entender melhor essa situação da Santa Casa. O fechamento do pronto-socorro foi um baque grande, embora já estávamos esperando esse cenário pela situação que se desenhava ao longo dos anos”, afirmou Trícia.
Segundo a vereadora, a Comissão de Saúde se colocou à disposição para somar esforços visando apoio à Santa Casa. “Colocamo-nos à disposição para servir de ponte entre a população e os prestadores de serviços e o Poder Executivo”, explicou.
Padre Clayton disse que a motivação de atender ao convite dos vereadores foi justamente esclarecer os motivos do fechamento do pronto-socorro, de ordem financeira. De acordo com ele, são necessários R$ 500 mil mensais para a manutenção do serviço, mas a Santa Casa recebia somente R$ 200 mil de verbas federais.
“Entendemos que a rede regional estava se organizando e que não havia interesse na conservação desse serviço. Então nos reposicionamos e abraçamos aquilo que entendemos como principal, a maternidade e a oncologia”, explicou o diretor-geral.
Bergamo ressaltou que ao invés do pronto-socorro atender uma gama muito grande de pacientes, ele vai focar naquilo que a Santa Casa tem como referencia principal, que são as gestantes e os pacientes oncológicos, oferecendo ainda um serviço hospitalar de cirurgia geral.
O vereador João da Luz comentou o fato de a Santa Casa perder R$ 200 mil que eram enviados para atender a proposta de ‘portas abertas’ do pronto-socorro. “Fiquei muito preocupado porque identificamos que a unidade abriu mão de R$ 200 mil da lei federal que contempla a unidade com portas abertas. Espero que isso seja revertido”.
João também fez um balanço da atuação da Comissão de Saúde, que fez diligências na Maternidade Dr. Adalberto e no Hospital Evangélico Goiano. “A Câmara é uma caixa de ressonância e está sendo procurada para resolver problemas de saúde, que estão represados até mesmo devido à Covid-19. O objetivo é fazer um diagnóstico e apresentar alternativas e soluções, buscar resolver junto ao Executivo municipal e estadual, através de deputados com emendas. Vamos fazer esse enfrentamento e ajudar a população nessa questão fundamental”, completou o vereador.