Cleide Hilário realiza ação educativa para conscientização contra o assédio de mulheres no transporte coletivo
A ação aconteceu no Terminal Urbano de Anápolis, na manhã de quarta-feira (2.fev), e contou com a participação do Sub Comandante do 3 º CRPM Tenente Coronel Gilbert, da chefe da Maria da Penha 3 º CRPM Capitã Daiane Holanda, policiais militares e integrantes da Agencia Reguladora.
Durante o ato, a equipe entregou panfletos para os usuários do transporte coletivo, colocou cartazes nos ônibus e pontos do terminal, e explicou como as mulheres podem agir em caso de assédio.
Cleide é autora da alteração da lei “O Transporte é Público, Meu Corpo Não”, que aplica medidas de prevenção e combate ao assédio sexual de mulheres nos meios de transporte coletivo de Anápolis.
“Muitas mulheres se sentem envergonhadas, e não sabem como e onde podem denunciar. Elas não precisam ficar com medo e precisam dizer não a qualquer tipo de violência. Essa é uma forma de coibir esses crimes e mostrar que as mulheres não são objetos. Muitos homens também estão aderindo a campanha e quanto mais pessoas alcançarmos, esse tipo de ação deixa de acontecer”, explicou Cleide.
As vítimas de assédio precisam ter segurança para denunciar os casos. A Capitã Daiane disse que a passageira importunada deve procurar imediatamente a Patrulha Maria da Penha. “Estamos a disposição para orientar e fazer o policiamento para coibir esse tipo de ocorrência no terminal urbano. A denúncia pode ser feita de forma anônima, e trabalhamos com policiais femininas, pois entendemos e respeitamos a intimidade das mulheres. Vamos acolher todas que nos procurar”, declarou.
A dona de casa Velina Rodrigues acredita que é necessário ter mais segurança para as mulheres. “Essa campanha incentiva as vítimas a denunciarem. É muito importante. Sei de vários casos que as mulheres ficam com medo e acabam sofrendo caladas”, declarou.
Cleide revelou ainda que esta campanha busca incentivar a empresa concessionária do transporte coletivo para que qualifiquem os motoristas para que estejam preparados para lidar com situações de assédio dentro dos ônibus, durante as viagens. Os casos constatados devem ser comunicados pela empresa aos órgãos competentes. As câmeras de vídeo instaladas no terminal urbano também são aliadas neste trabalho.