Câmara trata com a concessionária de energia elétrica ações que beneficiam os consumidores
Os diretores da Enel estiveram na presidência da Câmara Municipal de Anápolis na manhã desta quarta-feira (2.dez), para responder a moções de apelo aprovadas por vereadores, entre eles o vereador João da Luz, com cobranças para solução de problemas verificados no atendimento a consumidores de baixa renda em Anápolis. Foram recebidos pelo presidente, Leandro Ribeiro; o líder do prefeito, Jakson Charles; e o 3º secretário da Mesa, João da Luz.
O presidente Leandro Ribeiro chamou atenção para as dificuldades vividas nos últimos tempos pelos anapolinos, devido à pandemia da Covid-19. Cobrou da empresa que seja flexibilizado o procedimento de cortes de fornecimento de energia elétrica às pessoas em situação de inadimplência. “Muitas pessoas perderam emprego e sua renda. Há um alto índice de cortes nessas residências. Pedimos que a empresa concessionária faça um parcelamento, um refis, para que esses consumidores inadimplentes não ter prejuízo em sua residência ou comércio”, explicou Leandro Ribeiro.
O vereador João da Luz ressaltou que sua cobrança à Enel refere-se principalmente em relação a uma situação que tem gerado constrangimento aos consumidores que, eventualmente, têm cortado o fornecimento de energia elétrica por inadimplência. Segundo ele, quando um imóvel tem a energia elétrica cortada, é colocada uma marcação com adesivo, “que expõe o proprietário e o constrange”. Reclamou também da demora para religação. Segundo ele, após a solicitação do consumidor, a religação é feita até 24 horas depois. “Pedimos o retorno da ligação de urgência, pela qual a pessoa paga um valor levemente maior, mas o atendimento imediato, num prazo máximo de três horas”, ponderou.
Para o vereador Jakson Charles uma das maiores dificuldades vividas por consumidores que tem o fornecimento de energia cortado por inadimplência é quando esse corte ocorre no final da tarde de sexta-feira, obrigando o consumidor a ficar sem energia em todo o final de semana. Segundo ele é urgente a necessidade de alteração esse critério para melhorar a relação com o consumidor. “É inadmissível a empresa obedecer regras nacionais e não ter regras locais para melhor atender a população. Mostramos que esse tipo de corte traz prejuízo grande, inclusive para pessoas que tem problemas de saúde, mães com recém-nascidos”, alertou. Jackson Charles disse que os representantes da Enel se mostraram abertos à possibilidade e pediram que a Câmara Municipal faça a oficialização do pedido.
A Comissão de Urbanismo, Transporte, Obras, Serviços e Meio Ambiente mantêm tratativas com a Enel, no sentido de resolver o problema do acúmulo de fios em desuso nos postes da cidade, o que compromete a segurança das pessoas, a qualidade técnica dos sinais conduzidos por esses cabos e danos ambientais. Na semana passada foi realizada reunião na Câmara, com presença de representantes da Enel, das empresas de telecomunicações, da Prefeitura, do Procon e do Ministério Público, para buscar solução definitiva para esta demanda, discussão que se arrasta por alguns anos.
(Foto: Luana Cavalcante)