Câmara realiza audiência Pública sobre o Maio Amarelo e os impactos dos acidentes de trânsito
Uma audiência pública sobre o Maio Amarelo e os impactos dos acidentes de trânsito na vida das pessoas foi realizada na noite de sexta-feira (27.mai), no Plenário Teotônio Vilela.
O ato foi proposto pelo vereador João da Luz (PSC)para debater sobre os problemas do trânsito e o plano de mobilidade. De acordo com o parlamentar, a intensão do Poder Legislativo é conscientizar a população e contribuir para a melhoria do transito. Vereador comentou que toda a sociedade precisa participar e contribuir para evitar acidentes. “Os números sã assustadores. Somente esse ano foram mais de 40 vítimas fatais em Anápolis. É muito importante ter investimentos nas vias. Se o poder público não se organizar, muitas mortes ainda virão. No trânsito é necessário que um fiscalize o outro”, declarou.
Os alunos do ensino médio do Colégio Estadual Professor Heli Alves Ferreira, juntamente com a diretora Tatiana Chagas dos Santos participaram da audiência para assistir as explanações sobre o tema.
Carlovan Porto, do Observatório Nacional de Segurança Viária e representante do Maio Amarelo em Goiás fez uma apresentação temática do ano de 2022. Em sua abordagem , explicou sobreo movimento internacional Maio Amarelo, alertando para a redução dos acidentes com lesões e mortes. “Essa campanha deve ser de toda a sociedade, contando com o governo e autoridades. É preciso dar o alerta para prevenção de mortes e lesões”, explanou.
Porto trouxe alguns dados. Atualmente 27 países fazem parte desse segmento. Das 50 mil pessoas que morrem anualmente vítimas de acidentes de trânsito no Brasil, cerca de 600 mil vão para o hospital. Disse ainda que Brasil é o quinto país com mais lesões no mundo. “A cada 12 minutos, uma pessoa morre no trânsito no país. Muitos também convivem com sequelas. aumentando também o custo e a tragédia econômica”, concluiu.
O delegado titular da Delegacia de Trânsito de Anápolis, Manuel Vanderic gravou um vídeo contando que em 2021 foram mais de 100 vítimas de trânsito em Anápolis. Neste ano, mais de 30 mortes foram registradas na cidade. O delegado falou que as fiscalizações e aplicações são menores do que deveriam e que as infrações de trânsito ainda não são tratadas como crimes. “Infelizmente ainda não é feito um trabalho suficiente para combater os acidentes de trânsito. As pessoas precisam entender que quem pratica crimes de trânsito não são pretos, pobres e putas. O perfil de um assassino é de pessoas bem quistas pela sociedade, que está saindo do bar e voltando para casa. As blitz são muito criticadas e as forças de segurança não recebem apoio. Historicamente e culturalmente, os crimes de trânsito são tratados como acidentes, mas deveriam ser tratados como crimes”, reforçou.
O delegado disse ainda que acredita que a prisão do motorista embriagado deveria ser mais dura. “O trânsito é a nossa maior causa de morte. Precisamos de incentivo público para o transporte alternativo, como aplicativos. Qualquer pessoa pode se tornar assassino de trânsito e causador de invalidez permanente por uma decisão errada do motorista”, finalizou.
O vereador Jean Carlos (União) lembrou que os parlamentares sempre chamam a atenção sobre o transito de Anápolis durante as sessões da Casa e que tem atuado através de requerimentos, indicações, projetos de lei e uso na tribuna para demonstrar ao Executivo alguns pontos de intervenção. “Precisamos de ações para tentar minimizar os gargalos e os pontos críticos na cidade. A cidade tem uma frota imensa de frota de veículos e de vias alternativas. Muitos acidentes com vítimas fatais, muitas tragédias lamentáveis. Precisamos de investimentos mais ousados do poder público com a conscientização da população. Tomara que os jovens de hoje se tornem melhores condutores do que nossa geração. Temos recursos destinados. A Companhia MTT tem feito um bom trabalho, mas precisamos de ações concretas para a cidade que cresce a cada dia mais e ter um transito mais seguro”, discursou o parlamentar.
Os estudantes presentes tiveram espaço para a realização de perguntas. Os questionamentos foram sobre projetos de conscientização para a comunidade escolar, quebra molas próximas às unidades escolares, ciclovias, radares nas cidades e pardais nas rodovias.
No final da audiência, João da Luz disse que irão fazer encaminhamentos para o Executivo Municipal acerca de melhorias nas vias e também vão solicitar ao Congresso Federal para que para que incluam educação no trânsito como grade curricular nas escolas.
Também participaram da audiência Rafael Estevão, Técnico de Formação Profissional do Sest Senat, Capitão Júnior, representando o comandante do 3º Comando Regional do 4º Batalhão, Professor Luciano Almeida, Coordenador Regional de Educação, pastor Egil Bernardes e de Edetina Augusta, responsável Técnica de enfermagem do SAMU.