Câmara realiza audiência pública na região norte para debater criação da Guarda Municipal ou ampliação da Força Tática
Moradores da região norte de Anápolis, do Bairro Recanto do Sol, foram os primeiros a receber a série de audiências públicas promovida pela Câmara que tem como objetivo debater a criação da Guarda Municipal ou ampliação da Força Tática da Polícia Militar.
O evento aconteceu na tarde desta quinta-feira (13.abr), no espaço de eventos da Escola Sonho Meu. Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente Domingos Paula (PV), com as presenças dos vereadores Cabo Fred Caixeta (Avante) e Eli Rosa (PSC).
“Esse é o compromisso do Poder Legislativo com vocês: ouvi-los e levar o desejo da maioria ao Executivo, que é o responsável pela criação da Guarda Municipal ou ampliação da Força Tática”, ressaltou o presidente Domingos.
Cabo Caixeta se posicionou a favor da ampliação da Força Tática e explicou os motivos. Para ele, o direcionamento de mais recursos públicos para uma força de segurança da PM dará resultados mais imediatos.
Caixeta argumentou que a lei federal que rege a Guarda Municipal não permite profissionais armados em cidades com menos de 500 mil habitantes, que é o caso de Anápolis. Dessa forma, disse o vereador, caberia à força de segurança, basicamente, a proteção de prédios públicos e a aplicação de multas.
Já o vereador Eli Rosa chamou a atenção quanto aos custos que serão gerados a partir da criação de uma Guarda Municipal a um ente que arca com as principais demandas, mas não fica com a maior parte do dinheiro dos impostos. “O governo federal é hoje o detentor de 80% das verbas públicas”, completou.
Os vereadores foram recebidos pela diretora da Escola Sonho Meu, Luci Cândida, e pela coordenadora da instituição de ensino, Regiane Francisca. “Abrimos a porta da escola para a Câmara porque trata-se de um assunto de interessante da comunidade na qual estamos inseridos”, explicou Regiane.
A Força Tática Municipal tem hoje 40 policiais que somam esforços no patrulhamento de Anápolis, distribuídos em dez viaturas. São policiais militares que trabalham em parte do seu horário de folga, em um sistema conhecido por Banco de Horas. O custo é pago pelo poder público municipal.
A Guarda Municipal tem como papel principal a proteção dos bens, serviços e instalações municipais, além do patrulhamento preventivo e a manutenção da ordem pública. Outro papel é colaborar com a PM, em ações conjuntas. A Guarda Municipal também pode atuar na fiscalização do cumprimento das leis municipais, como as de trânsito e as de postura.
Cabe à Guarda Municipal dar apoio a eventos públicos, proteger o patrimônio histórico e cultural, realizar ações sociais, proteger o meio ambiente e auxiliar a Defesa Civil em caso de desastres naturais.