Câmara realiza audiência pública em defesa da Universidade Estadual de Goiás

por Geovana de Bortole publicado 08/03/2024 10h21, última modificação 08/03/2024 10h21
Câmara realiza audiência pública em defesa da Universidade Estadual de Goiás

Foto: Ismael Vieira

Por iniciativa do vereador Professor Marcos (PT), a Câmara de Anápolis realizou audiência pública em defesa da UEG, na manhã de quinta-feira (7.mar). Na pauta, debateram sobre a paralização dos docentes, diálogo sobre planos de carreira, inclusão social na sociedade e defesa do ensino, pesquisa e extensão.

Professor Marcos disse que o papel do vereador é abrir o diálogo com a comunidade acadêmica. “Precisamos fortalecer a Universidade Estadual de Goiás e nosso mandato no Poder Legislativo é em defesa da educação”, afirmou o vereador.

Durante o ato, os professores explanaram sobre suas lutas enquanto docentes da Universidade. A professora Divina Lunas,  do curso de Economia e do Mestrado Tecer, foi uma das mediadoras da audiência. Ela disse que a luta é pela valorização dos professores do estado de Goiás. “Temos uma universidade que não paga seus professores de acordo com a titulação. Infelizmente esse bloqueio vem de anos. Pedimos apoio da sociedade goiana e da comunidade. A UEG fez concurso para especialista, mas o MEC exige professores mestres e doutores. É uma situação de destruição da carreira docente. Temos também pautas estudantis e dos técnicos que estamos defendendo. A UEG precisa voltar a funcionar em sua normalidade” frisou.

O presidente da Associação dos Docentes da UEG, Marcelo José Moreira, contou que os professores reivindicam o acesso irrestrito ao acesso e pesquisa. “São profissionais que se dedicam exclusivamente à universidade. Hoje temos 120 docentes que querem ingressar, e o governo apresentou apenas 40 vagas. Outro pedido é sobre o plano de carreira, que foi aprovado em agosto de 2022, mas o governo se nega a apresentar essas alterações. Fizemos uma contraproposta para revogar o quadro de vagas e receber as titulações. Após a greve que fizemos o secretário devolveu para a UEG para readequarmos a proposta e reencaminharmos a ele”, explicou.

Em relação a greve, Moreira afirmou que todos os requisitos exigidos foram cumpridos, e que muitos professores aderiram. “Alegaram ilegalidade nossa greve, com anúncio de uma multa desproporcional, mas de fato isso não aconteceu. Com muita responsabilidade, atendemos a decisão judicial temporariamente até que conseguíamos provar que a greve é legal”, disse.

Em nome dos alunos, Jennifer Cristine Dornas dos Santos, disse que os estudantes concordam com os pedidos dos professores. “A UEG oferece uma educação pública e de qualidade, mas está passando por um processo de dificuldades. Estamos lutando há anos e precisamos ser ouvidos. Cada dia mais estão cortando nossos direitos”, declarou.

 

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