Câmara realiza audiência pública com o tema Fórum Municipal de Educação
Uma audiência pública foi realizada na noite de quarta-feira (13.nov), para debater sobre a educação municipal. O Fórum Municipal de Educação foi promovido pelo vereador Professor Marcos (PT), no Plenário Teotônio Vilela.
O objetivo da audiência, de acordo com o vereador, foi discutir a condição de trabalho dos professores, principalmente da rede estadual. “Estamos acompanhando o desmonte da carreira e nos posicionando sempre em defesa da luta dessas categorias, em defesa dos direitos e essa audiência é feita em parceria com o Fórum da Educação, que nós constituímos na luta, para cumprir a tarefa que é defender a educação pública, gratuita e de qualidade”, disse.
Durante a audiência, professores e alunos puderam expor os principais pontos em defesa da educação estadual.
O professor da Universidade Estadual de Goiás, Marcelo Moreira, falou que é necessário transformar essa mesa de debates em ações recorrentes. “A luta é internacional. Ela nasce no território, mas isso é um projeto que precisa ser coordenado”, frisou
Para a professora do Instituto Federal de Goiás, Camila Borges, é preciso fazer uma reflexão sobre os ataques que os trabalhadores da educação pública estão sofrendo. “Precisamos resistir e lutar pela educação pública como um direito para todas as pessoas”.
A professora Márcia Abdala reforçou que é importante esse momento de debate. “É apenas um pontapé inicial. Tivemos grandes ataques e o principal foi o ocorrido pela secretária estadual de educação. Os professores não se reconhecem como classe trabalhadora. Estamos perdendo esse espaço. Estamos falhando. Se você trabalha, depende de salário pra viver, você é pobre, e precisa defender seus interesses. Não podemos desistir dessa luta, se queremos deixar um legado para nossas crianças”, afirmou.
Eliane Gonçalves, professora da UEG, falou que pretendem organizar um movimento em defesa da educação. “Estamos sofrendo há muitos anos, e esse ano se intensificou. Pretendemos organizar um movimento para recuperar as perdas que nós tivemos, envolvendo a jornada de trabalho e o respeito à formação, para que de fato eduque. É preciso ter formação e reconhecimento”, frisou.
Alibertina Eulália de Queiroz, pedagoga aposentada contou que no dia 6 de novembro os professores fizeram um ato em frente a Coordenação Regional contra os ataques que a categoria está sofrendo. “Alguns alunos participaram e avalio de maneira positiva. O assédio moral por parte da secretária estadual é muito sério. Antes de ser Sintego (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás), o movimento dos professores de Goiás chamava CPG. A luta se intensificou bastante. Estamos caminhando e conquistamos o primeiro estatuto que temos antes do Sintego. Em 2001, foi feito um novo estatuto, que prevalecia até então. Tivemos muita perda salarial, além de outros direitos. Com a reforma, perdemos o quinquênio e a licença prêmio. Antes um professor ganhava o mesmo que um desembargador. Atualmente é impossível comparar. Estamos com dificuldade de fazer um movimento e chamar o pessoal pra luta. Não temos o que comemorar com a atual gestão. Não temos valorização”, concluiu.