Câmara aprova Moção de Repúdio contra a PEC 287, da reforma da Previdência Social
O presidente Amilton Filho (SD) propôs Moção de Repúdio, nesta segunda-feira (17.abr), que será encaminhada à bancada goiana de deputados federais, demonstrando insatisfação dos vereadores de Anápolis em relação à PEC 287, relativa à reforma da Previdência Social.
O texto, aprovado em plenário, é contrário à redação original da Proposta de Emenda à Constituição, “que implica na redução de direitos duramente conquistados pelos trabalhadores brasileiros”.
Amilton propôs Moção de Repúdio e abriu o debate para que os vereadores se manifestassem com o objetivo de se votar um texto que atendesse a todos, demonstrando posicionamento único da Câmara Municipal em relação à reforma previdenciária.
A reforma, inclusive, tem sido tema de debate frequente em plenário. Duas audiências públicas já foram realizadas para tratar da PEC 287, uma de autoria da vereadora Professora Geli Sanches (PT) e outra do vereador Pastor Elias Ferreira (PSDB).
O vereador Jakson Charles (PSB) comentou que não é o caso de ser contra a reforma, necessária para a Previdência Social, mas sim ser contrário à maneira como ela tem sido encaminhada no governo federal e no Congresso Nacional.
“Parabéns pela iniciativa, presidente. Sou contra a reforma e acredito que o povo escolhe seus agentes políticos para que se posicionem sobre temas relevantes”, comentou o vereador Antônio Gomide (PT).
O vereador Lélio Alvarenga (PSC) também disse ser contra as mudanças na Previdência Social. “E acredito que não existe emenda que dará solução a essa reforma da maldade”, frisou.
A vereadora Professora Geli falou que após a audiência pública sobre a PEC 287, ficou claro que a reforma previdenciária implica em prejuízos graves para as mulheres, professores e trabalhadores rurais. “A PEC é danosa. Sem falar em outros direitos que estão sendo tirados. Sou contrária a essa proposta e qualquer eventual emenda”.
O vereador Mauro Severiano (PSDB) também se manifestou contra a PEC 287. Para ele, o Brasil é contra essa reforma e o presidente Michel Temer (PMDB) e o atual Congresso Nacional não possuem moral para propor qualquer tipo de mudança. “Não há clima em um sistema tomado pela corrupção”.
Luiz Lacerda (PT) também criticou a forma como o governo federal está propondo a reforma. “Ela pode ser necessária, mas precisa beneficiar o trabalhador. E o governo mente quando fala em déficit [na Previdência], quando os próprios auditores do órgão afirmam que não”, discursou o vereador.
O vereador Pastor Elias Ferreira (PSDB) também se manifestou a favor da Moção de Repúdio e disse ser contra a reforma por completo. “Da forma como ela está sendo feita, não é possível que concordemos”, argumentou.