Câmara Municipal entrega Moção de Aplauso a policiais militares da Patrulha Maria da Penha

A Câmara Municipal conferiu Moção de Aplauso a várias personalidades da Polícia Militar de Anápolis, que representam a Patrulha Maria da Penha, na tarde desta quinta-feira (22.abr), na Sala de Reuniões do Poder Legislativo anapolino. Todos os 23 edis apoiaram à entrega da honra que felicita a instituição pelos serviços prestados à sociedade anapolina.

A propositura ficou sob a responsabilidade da vereadora Cleide Hilário (Republicanos), que, na oportunidade, agradeceu a presença do presidente municipal de seu partido, Brigadeiro Bragança, e, como mulher, externou sua felicidade em ter, na Cidade, um serviço tão importante como o de proteção do público feminino.

Leandro Ribeiro (Progressistas), presidente da Câmara, exaltou a importância do trabalho da Patrulha Maria da Penha e parabenizou a força feminina da Casa de Leis, representada por cinco parlamentares, que apoiou a brigada militar. Tenente-coronel, capitão, sargento, cabo e soldado foram as patentes homenageadas.

Trícia Barreto (MDB), Andréia Rezende (SD), Seliane da SOS (MDB), Frederico Godoy (SD) e Cabo Fred Caixeta (Avante) estiveram também presentes à solenidade de entrega da Moção de Aplauso. A vereadora Thaís Souza (PP) justificou sua ausência, contudo valorizou o evento.

Em seu discurso, Cleide Hilário pontuou que o trabalho da Patrulha Maria da Penha é essencial para a proteção da mulher, que é vítima de violência doméstica. A parlamentar frisou que há um meio de contato com a brigada e a Câmara terá, em breve, uma forma de comunicação.

“Hoje nós temos várias políticas públicas voltadas para as mulheres, que são vítimas dessa violência, mas a Patrulha está na ponta. É ela quem apoia, que recebe essas mulheres no primeiro momento. Por isso, é importante oferecer essa Moção de Aplauso, porque também admiro demais e reconheço esse trabalho, que vai além. Esses policiais acolhem, no primeiro momento, trazem até a delegacia, por isso falo com justiça da sua aprovação, enalteceu a vereadora.  

Cleide Hilário lembrou ainda que, no princípio de seu mandato, foi protocolado um projeto de lei que cria a Procuradoria da Mulher e esse órgão irá trabalhar muito próximo à Patrulha Maria da Penha. “Nós sabemos que o serviço está perto dessas mulheres que são vítimas e que, infelizmente, em Anápolis, a violência aumentou muito e em nosso País também”, destacou.

Esse aumento considerável, creditou ela, foi devido à pandemia do coronavírus. Na visão de Cleide Hilário, a pandemia trouxe o agressor para dentro de casa, com isso, o trabalho do Patrulha Maria da Penha aumentou e, posteriormente, passou a ser providencial para atender quem é vítima desse tipo de violência.

Homenageados

Daiene Holanda, que é capitão da Patrulha Maria da Penha em Anápolis, explicou que a Polícia Militar é o primeiro contato das vítimas de violência doméstica. Para nós, segundo ela, é a ampliação de contato com as mulheres para as primeiras orientações.

A Patrulha Maria da Penha existe, em Anápolis, há cinco anos. De acordo com a capitão, os pontos positivos são: ajudar a vítima a sair da vida de violência, mudar de vida, colocar a vítima num abrigo e tirar a pessoa do sofrimento pelo qual enfrenta.

Para Daiene, o papel da “Maria da  Penha” tem sido fundamental, haja visto que as mulheres têm tido coragem de denunciar o agressor, até porque a patrulha não entra na intimidade de quem sofre a violência ou maus tratos.

“Se ela quiser uma conversa, uma orientação, nós vamos fazer isso. Nem sempre a mulher procura a prisão do seu marido. Ela quer se reestruturar, modificar seu casamento. A gente acredita que a população ajuda quando denuncia. A partir daí, a gente vai ajudar essa vítima”, externou Daiene.

Outra policial militar que recebeu a homenagem foi Daiane Holanda. Ela indicou que a patrulha, a partir de seu surgimento, passou a alcançar o maior número de crueldades de violência doméstica. “Infelizmente, na nossa Cidade, o índice de violência doméstica aumentou com a pandemia e, ainda, muitas mulheres não sabem do serviço municipal, ou seja, muitas mulheres não conhecem que Anápolis tem uma viatura específica com o serviço de atendimento a mulheres com vítimas de violência”, avaliou.

Daiane, que é sargento, elucidou que a Patrulha Maria da Penha é composta por uma policial feminina e um policial masculino. A função dessa policial é acolhar a vítima para que tenha maior segurança de contar o ocorrido em seu lar. A homenageada discorreu que a vítima precisa ser acolhida, por isso a presença da policial.

A sargento disse também que muitas pessoas não sabem da existência do trabalho da patrulha na Cidade e se colocou à inteira disposição da população.

Gilbert Alvres Rabelo, Comandante do 28º Batalhão da Polícia Militar; a cabo Gisele Esther dos Santos Almeida Silva; o cabo Aluysio Gonçalves Ferreira e o soldado Lucas Mendes de Souza receberam a Moção de Aplauso.    

Secretaria de Integração Social, Esporte e Cultura

Andréia Lins, secretária de Integração Social, Esporte e Cultura, disse que a Patrulha Maria da Penha é uma grande parceira da secretaria. Ela externou que a pasta, por meio do Centro de Referência e Atendimento à Mulher, faz o atendimento às vítimas de violência doméstica no Município.

“A Patrulha Maria da Penha faz parte dessa rede e desempenha um trabalho fundamental de proteção e apoio a essas vítimas. O serviço é o primeiro a chegar ao domicílio das vítimas, ao flagrantes, inclusive, então o trabalho excelente realizado é digno de aplauso da Polícia Militar”, frisou Andréia.

Ela continuou destacando que a Patrulha Maria da Penha busca os pertences da vítima em sua residência, já que a mulher e os filhos saem de casa com a roupa do corpo. A secretária falou também que, em casos, o autor da violência toma posse de documentos e pertences da vítima, dando mais importância ao trabalho de auxílio e de proteção a quem precisa. Andréia recordou que o Ministério Público, a Delegacia da Mulher e a Casa de Acolhimento das Mulheres Vítimas de Violência - a única em Goiás - são outras instituições que a Patrulha Maria da Penha intermedia quando é necessitada.   

Foto: Ismael Vieira